Uma vez no Uruguai, os irmãos adolescentes Osvaldo e Hugo
Fattoruso aceleraram os passos do trio musical da família deles para tocar guitarra
e baixo para o jazz latino-americano (suingue) e grupos de rock 'n' roll, aventurando-se
em torno da região e firmando-se, no que lhes deu tempo e espaço para trabalhar
os ritmos do candombe e harmonias da bossa nova e suportes afro-cubanos e
europeus no estilo composicional de Fattoruso. Hugo, efetivamente, mudou-se
para Nova York, redobrou os elementos afro-cubanos e de jazz da sua própria
música, e formou o Opa. Opa, legenda underground do jazz-rock-funk fusion dos anos 1970, acompanhou o
percussionista Airto Moreira em suas mais bem sucedidas gravações,
incluindo “Fingers (CTI Records) ” de 1973, e também
apareceu nas seções marcantes de Flora Purim em “Encounter (Milestone)” de 1976,
de Milton Nascimento em “Nascimento, (Warner Bros., 1997)”, e de outros
artistas brasileiros.
Em “Hugo Fattoruso Y Barrio Opa”, o inconfundível toque de
teclado de Fattoruso reemerge em uma banda que inclui seu filho Francisco no baixo,
o guitarrista Nicolás Ibarburu e FIVE (cinco) percussionistas: Tato Bolognini na
bateria, Albana Barrocas na percussão e três monstros, os irmãos Silva
(Matthias, Guilermo Diaz and Wellington), que adicionam ritmos como o candombe Afro-Uruguaio,
que fazem o trabalho inteiro explodir.
Composta por Francisco, "Candombe Beat Funk" suinga
entre dois movimentos rítmicos, passando para trás e para frente no baixo do
compositor, que passa a luz do refletor para a sobremarcha do teclado do pai. Camadas
de percussão acústica constroem "Candombelek", adornada com vocal tropical
e a suavidade do líder e encrespado teclado eletrificado. Sua peça associada,
"Candombe Alto", torna-se mais aquecida e mais brilhante com ritmos
afro-cubanos e gloriosamente coroa sua aquecida percussão com um uma melodia no
teclado elétrico que Fattoruso solta
como uma águia elevando-se e espiralando.
O clã de Fattoruso, coletivamente, pode misturar uma inédita
"Antes" com uma atualização de "Goldenwings", a faixa
título do álbum de estreia, com o mesmo nome do Opa, em 1976, pela Milestone Records e um sucesso do clube underground do funk-disco . Esta nova "Goldenwings" esparrama a melodia
para "Summertime" em múltiplas direções, com o baixista explorando as
linhas irregulares, saltitantes e estendidas como uma borracha. O guitarrista dispara
um solo que soa como latino, jazz e rock explodindo como esta mistura
atmosférica. Um trio de piano acústico agita a melodia de "Botijas" dentro
de ondas batidas do jazz e ritmo que ameaçam se retirar, quebrando a partir do
seu arranjo.
O encerramento, "Berimba-ô" e "Anima 2",
incrementam com destaque as raízes africanas da música de Fattoruso —colorida,
mas misteriosa, como flores em um prado iluminado pela luz da luz , que
continuam a crescer.
Faixas: La Del Cheche; Botijas; Candombe Beat Funk; El
Romance Del Sordo; Trenes De Tokyo; Candombelek; Candombe Alto; Llamada
Insólita; Antes / Goldenwings; For You To Be Proud; Berimba-ô; Anima 2.
Músicos: Hugo Fattoruso teclados, vocal, arranjos; Francisco
Fattoruso: baixo; Tato Bolognini: bateria Albana Barrocas: percussão, vocal;
Nicolás Ibarburu: guitarra; Mathías Silva: tambor piano; Guillermo Díaz Silva:
tambor chico; Wellington Silva: tambor repique.
Fonte: Chris M. Slawecki (AllAbouJazz)
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