
Os resultados são mistos. Há alguns momentos específicos. Em
“Prairie Eyes”, o choro da guitarra Telecaster
de Frisell é pesaroso. Ele tece em um céu escuro. Na peça improvisada, o
mundo sônico de Frisell é envolvente e autocontido, mas Davis encontra maneiras
cuidadosamente colocadas de formas quietas, prolongando as notas do piano.
Mais frequentemente, decisões de Davis tomam a forma de
gestos esporádicos: acordes sacudidos, tremolos
saltitantes, estocadas simples isoladas, figuras um pouco cíclicas, respingos. O
que ela toca injeta harmonia e pica seus parceiros, mas é raramente
interessante em si com um conteúdo pianístico. Em um álbum de duo, esta é a
limitação.
Algumas destas duas formas de interações soam mais como
exercícios técnicos que realizações estéticas (por exemplo, a improvisação com
Lage). Algumas soam desconfortavelmente ativa e compacta (“Fox Fire”, com
Taborn). Algumas são simplesmente não atrativas (as peças com Berne, o saxofone
alto guincha e faz imprecações arremessadas fortuitamente sobre acordes
entalhados dos acordes do piano). E o monocromático, tela dividida, filme com
câmera fixa das sessões adiciona pouco à experiência.
Ainda, há momentos. Davis e Taborn ousam improvisar uma peça
para assim preencher de silêncio o seu risco de impotência, porém é um sonho
compartilhado e misterioso. “Duopoly” teria sido mais forte se as canções apresentadas
tivessem incluído mais standards, providenciar
referência conhecida para o livre fluir dos duos. “Eronel”, com Drummond, é uma
esperta abstração de um esqueleto de Monk. “Prelude to a Kiss”, com Byron, é
etérea e fascinante. Um clarinete melífluo ocasionalmente impacta a música.
Faixas: Prairie Eyes; Surf Curl; Fox Fire; Beneath The
Leaves; Eronel; Dig & Dump; Trip Dance For Tim; Prelude To A Kiss; Don
Byron; Tim Berne; Marcus Gilmore; Billy Drummond; Angelica Sanchez; Craig
Taborn; Julian Lage; Bill Frisell.
Músicos: Kris Davis: piano; Don Byron: clarinete; Tim Berne:
saxofone alto; Marcus Gilmore: bateria; Billy Drummond: bateria; Angelica
Sanchez: piano; Craig Taborn: piano; Julian Lage: guitarra; Bill Frisell:
guitarra.
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)
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