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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

KRIS DAVIS – DUOPOLY (Pyroclastic Records)


A premissa: A pegada da pianista Kris Davis. Emparelha com oito respeitados instrumentistas com os quais ela nunca gravou anteriormente. Limitem as categorias dos parceiros de Davis para quatro: guitarristas (Bill Frisell, Julian Lage), bateristas (Billy Drummond, Marcus Gilmore), instrumentistas de sopro (Tim Berne, Don Byron) e outros pianistas (Craig Taborn, Angelica Sánchez). Duas peças de Davis com cada parceiro, uma composta e uma livremente improvisada. Gravadas ao vivo sem nenhum ensaio e edição. Fez um vídeo da sessão. Inclui um DVD.

Os resultados são mistos. Há alguns momentos específicos. Em “Prairie Eyes”, o choro da guitarra Telecaster de Frisell é pesaroso. Ele tece em um céu escuro. Na peça improvisada, o mundo sônico de Frisell é envolvente e autocontido, mas Davis encontra maneiras cuidadosamente colocadas de formas quietas, prolongando as notas do piano.

Mais frequentemente, decisões de Davis tomam a forma de gestos esporádicos: acordes sacudidos, tremolos saltitantes, estocadas simples isoladas, figuras um pouco cíclicas, respingos. O que ela toca injeta harmonia e pica seus parceiros, mas é raramente interessante em si com um conteúdo pianístico. Em um álbum de duo, esta é a limitação. 

Algumas destas duas formas de interações soam mais como exercícios técnicos que realizações estéticas (por exemplo, a improvisação com Lage). Algumas soam desconfortavelmente ativa e compacta (“Fox Fire”, com Taborn). Algumas são simplesmente não atrativas (as peças com Berne, o saxofone alto guincha e faz imprecações arremessadas fortuitamente sobre acordes entalhados dos acordes do piano). E o monocromático, tela dividida, filme com câmera fixa das sessões adiciona pouco à experiência.

Ainda, há momentos. Davis e Taborn ousam improvisar uma peça para assim preencher de silêncio o seu risco de impotência, porém é um sonho compartilhado e misterioso. “Duopoly” teria sido mais forte se as canções apresentadas tivessem incluído mais standards, providenciar referência conhecida para o livre fluir dos duos. “Eronel”, com Drummond, é uma esperta abstração de um esqueleto de Monk. “Prelude to a Kiss”, com Byron, é etérea e fascinante. Um clarinete melífluo ocasionalmente impacta a música. 

Faixas: Prairie Eyes; Surf Curl; Fox Fire; Beneath The Leaves; Eronel; Dig & Dump; Trip Dance For Tim; Prelude To A Kiss; Don Byron; Tim Berne; Marcus Gilmore; Billy Drummond; Angelica Sanchez; Craig Taborn; Julian Lage; Bill Frisell.

Músicos: Kris Davis: piano; Don Byron: clarinete; Tim Berne: saxofone alto; Marcus Gilmore: bateria; Billy Drummond: bateria; Angelica Sanchez: piano; Craig Taborn: piano; Julian Lage: guitarra; Bill Frisell: guitarra.

Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)

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