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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

QUINCY JONES – LIVE IN LUDWIGSHAFEN 1961 (SWR Jazzhaus/Naxos)


Antes de Quincy Jones ter iniciado sua carreira com produtor e executivo do selo Mercury Records no início dos anos 1960, ele brevemente conduziu uma big band, que excursionou na América do Norte e Europa para agitar resenhas, mas enfim não foi adiante por problemas financeiros. Jones, que originalmente reuniu a orquestra para uma produção intinerante do show da Broadway, Free And Easy, de Harold Arlen, no qual ele serviu como diretor musical, reunindo músicos de jazz, que ele conhecia através do seu trabalho como trompetista e compositor-arranjador. Seu longo currículo já incluiu colaborações com as bandas de Lionel Hampton, Dizzy Gillespie, Dinah Washington, Ray Charles, Billy Eckstine e outros. Quando a excursão europeia de Free And Easy terminou em Fevereiro de 1961, a banda continuou a atuar sob a liderança de Jones. O concerto deles de 15 de Março de 1961, na cidade alemã de Ludwigshafen está documentado em sua gravação remasterizada dos arquivos da SWR. “Live In Ludwigshafen 1961” beneficia-se de ser uma banda de ases, incluindo os saxofonistas Phil Woods, Budd Johnson e Sahib Shihab; trompetistas Freddie Hubbard e Benny Bailey; trombonistas Curtis Fuller, Melba Liston e David Baker; o guitarrista Les Spann e o conguero Carlos “Patato” Valdes, dentre outros. Eles elevam o suíngue e soam com vitalidade nas músicas mais familiares do programa— diversas delas arranjadas por Jones—que têm sido parte do catálago de big band. É raro ouvir tais joias como “Air Mail Special”, “Solitude”, “Stolen Moments”, “Lester Leaps In”, “Moanin’”, “Summertime”, “I Remember Clifford” e “Caravan” interpretados com tamanha paixão e convicção. A banda interpreta uma enorme dinâmica extensa, executando exagerados e explosivos crescendos para efeitos extremos. A despeito do trabalho duro que foi editar e remasterizar “Live In Ludwigshafen 1961”, há numerosos pontos onde instrumentos individuais ou seções inteiras de palhetas/metais são o caminho igualmente ou completamente balançado na mistura, indubitavelmente um perigo imprevisto para a gravação em um trabalho ao vivo. Porém, não deixe tais falhas desencorajarem você a conferir o disco e, enfim, desfrute a magia de Jones no auge do seu vigor no jazz. 

Faixas: Air Mail Special; G'wan Train; Solitude; Stolen Moments; Lester Leaps In; Moanin'; Summertime; I Remember Clifford; Ghana; Banja Luka; Caravan; The Midnight Sun Will Never Set; Quincy Jones Introduces His Orchestra; The Birth Of A Band.

Músicos: Benny Bailey: trompete; Freddie Hubbard: trompete; Paul Cohen: trompete; Curtis Fuller: trombone; Melba Liston: trombone; Ake Persson: trombone; David Baker: trombone; Julius Watkins: French horn; Phil Woods: saxofone alto; Joe Lopes: saxofone alto; Eric Dixon: saxofone tenor, flauta; Budd Johnson: saxofone tenor; Sahib Shahib: saxofone barítono, flauta; Patti Bown: piano; Les Spann: guitarra, flauta; Buddy Catlett: baixo; Carlos "Patato" Valdes: conga; Stu Martin: bateria; 
Quincy Jones: arranjos e condução.

Fonte: ED ENRIGHT (DownBeat)

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