Jazz tem, sempre, estado bem provido de rumores sobre
grandes instrumentistas obscuros em cidades obscuras. Seattle, Washington, não
é obscura, exceto do ponto da superioridade de Nova York, onde as reputações de
jazz são criadas e perdidas. Em relação à Nova York, Seattle está em algum
lugar da margem esquerda da Terra, talvez próximo da Sibéria.
Bill Anschell seria uma pessoa agressiva onde ele viveu,
justo Greenwich Village. Ele é um impecável, inconfundível pianista com um
corpo precioso de trabalho na gravadora Origin
de Seattle, a maioria em formatos de solo, duo e trio. Rumbler incorpora
novas composições para bandas completas. O firme trabalho em trio de Anschell
com o baixista Chris Symereo e o baterista Jose Martinez é a fundação. Cinco
convidados formidáveis movem-se de lá para cá: Jeff Coffin, Richard Cole e Hans
Teuberem em vários instrumentos de sopro, Brian Monroneyem guitarra e Jeff
Buschna percussão. Todos, exceto Coffin, são de Seattle.
Anschell adora métricas singulares. “Captive Light” tem um
padrão típico de 5/4 na seção A (1-2-3/1-2), mas revertido na ponte (1-2/1-2-3).
“The Dreaded ‘E’ Word” e “No You Go” estão em 7. Ele também recompõe standards. Para “Misterioso” de Monk, ele
insere uma nova contramelodia em um segundo coro de cabeça inclinada. Os
instrumentistas realizam todas estas formas desafiantes, que fluem. Não é um álbum
sobre solos, há muitos momentos individuais animados, como uma partida elevada
suave de Teuber a partir de “Captive Light”.
O álbum é sobre seu próprio ato de compor, Anschell compartilha
o tempo com outros compositores. Ao lado de “Misterioso”, há uma animada
celebração do trio para “For No One” de Paul McCartney. “Reflections in D”, é uma das mais
assombrosas canções de Duke Ellington, que tem sido, estranhamente,
negligenciada. Houve três marcantes interpretações ao piano feitas por Ellington,
Roland Hanna e Bill Evans. Agora,
há quatro. O exuberante e arrebatado solo de Anschell é uma detida
pesquisa pessoal através da escuridão e luz, frequentemente pausando junto a
si, antes de lançar a próxima onda de emoção.
Faixas:
Misterioso; Dark Wind; Captive Light; MBK; No You Go; For No One; Rumbler; 39F;
Heisenberg's Fugue St.; The Dreaded "E" Word; Reflections in D.
Músicos:
Bill Anschell: piano; Chris Symer: baixo; Jose Martinez: bateria Brian
Monroney: guitarra (1,4,9,10); Jeff Busch: percussão (2,8); Jeff Coffin: sax
soprano (7); Richard Cole: sax tenor (1); Hans Teuber: flauta (2), sax tenor
(3), sax alto (8).
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)
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