Não há música dançante em “Danse” do pianista suíço Colin
Vallon. No ponto, embora a audição levaria, realmente, qualquer um a pensar, “Isto
é dançável”. Talvez, ele deveria tê-lo chamado “Reflexivo”. O álbum, que
apresenta Patrice Moret no baixo e Julian Sartorius na bateria, contém uma
narração de estória—soa melhor ajustada a uma reflexão taciturna da tarde ou
final de noite. Tocando em várias coisas do free
jazz à música pop, “Danse” não é sobre movimento. É sobre reforço e deixar
ir.
A maior parte da música excitante do trio é também
misteriosa. “Tinguely” inicia em um local da avant-garde, então vêm a ser algo um pouco mais franco, mas nunca
perde sua moldura. Após três minutos, o líder retorna no registro mais baixo do
piano e a música intensifica, consequentemente hesitante como uma sugestão
inesperada. A faixa título inicia com confusos disparos e fecha com uma tensão,
mas com belo balanço. Composto por três membros, “Oort” compreende uma cachoeira
de um piano nervoso, o arco do baixo agourento e uma lenta batida harmônica. E
“L’Onde” alardeia um número de humores: nervosa, hiperativa, sutil e confiante.
Este grupo é versátil, também fazendo música que poderia ser,
seguramente, flexível, para estar no rádio. “Sisyphe” é nostálgica e cativante,
e a melancólica “Reste” é perfeita para a cena final de um filme, quando dois personagens
olham para os bons tempos de antigamente, mas concordam que é melhor dividir os
caminhos.
Faixas: Sisyphe; Tsunami; Smile; Danse; L’onde; Oort; Kid;
Reste; Tinguely; Morn; Reste (var.).
Músicos: Colin Vallon: piano; Patrice Moret: baixo; Julian
Sartorius: bateria.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Brad Farberman (JazzTimes)
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