Os atos de criação espontânea e desenvolvimento associado
com o teatro improvisador são claramente homólogos aos ideiais do jazz. Às
vezes, toma um espírito supremamente criativo com o saxofonista/compositor Geof
Bradfield a iluminar o fato. Alternando entre os números, que apresentam
diferentes configurações de trio e trabalhos para noneto, “Yes, and … Music for
Nine Improvisers” ressalta os arranjos inteligentes de Bradfield, enquanto
escoando as táticas pioneiras improvisadoras do Compass Players—especificamente a que historiou a adoção da
companhia de artistas do teatro de Chicago do famoso jogo do diretor de “Yes,
and…” , Viola Spolin, requerendo participantes
para aceitar e expandir em outros processos de pensamento individual em forma
espontânea. Esta mistura do firmemente coreografado trabalho e o entrelaçamento
solto, faz deste álbum algo atrativo.
O brilho de Bradfield em alavancar longas amizades,
escrevendo principalmente para o indivíduo em vez do instrumento (à la
Ellington), e sabendo quando preencher o quadro e onde deixa espaço, estão
aparentes ao longo do trabalho. Em caso de formação de uma força imobilizadora
com o baixista Clark Sommers e o baterista Dana Hall em uma turbulenta “Prelude”, usando o suingue como uma cortina e
criativo impulso para “Impossible Charms” ou apresentando um trio metálico com
sugestões em “Chorale”, Bradfield permanece bem cônscio de várias fronteiras e
une isto, respectivamente, separa e une a estrutura e liberdade.
Para cada passagem rápida de pensamento, tais como espinhoso
encontro de Sommers, Hall, e o guitarrista Scott Hesse na vinheta de “Ostinato”
ou a serena passagem à fantasmagórica leitura de instrumentos de palheta em “Chaconne”,
há mais oferta substancial esperando nas asas. A mais notável da coletânea são
os 14 minutos de “Anamneses”, uma fascinante odisseia exibindo singular talentos
como Anna Webber (na flauta baixo), e o encerramento do álbum, “Forro Hermeto”,
acenando para o ícone brasileiro, Hermeto Pascoal, em nome da individualidade. Porém,
na realidade, cada uma destas performances brilham , enquanto se banham na luz
sincrética de Bradfield.
Faixas: Prelude; In Flux; Chorale; Impossible Charms:
Ostinato; Anamneses; Chaconne; Forro Hermeto.
Músicos: Geof Bradfield: saxofones tenor e soprano,
clarinete baixo; Anna Webber: flauta e flauta baixo, saxofone tenor; Greg Ward:
saxofone alto; Russ Johnson: trompete, flugelhorn; Joel Adams: trombone; Scott
Hesse: guitarras elétrica e clássica; Clark Sommers: baixo acústico; Dana Hall:
bateria e percussão.
Fonte: Dan Bilawsky (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário