Gregory
Porter tem uma das mais maravilhosas vozes que você ouvirá neste planeta. Pode
incrementar seu passo com seu poder ou ajudá-lo a afundar em uma cadeira e
dizer, “Ah, porque é assim maravilhosamente suave…”. Em “Nat “King” Cole &
Me”, Porter empresta o lado suave da sua voz em um tributo para, talvez, sua
principal influência como artista. Porter tem feito isto de forma clara desde o
início da sua carreira e Cole significa muito para ele como um artista e como
pessoa. Ele escreveu o musical semiautobiográfico chamado, não
surpreendentemente, “Nat King Cole & Me”, em 2004. Ele disse que, em sua
juventude, ele frequentemente imaginava Cole como uma figura de pai, que ele
nunca teve. Se isto soa como um pouco de pressão neste tributo, isto não é
mostrado aqui. Ele graciosamente suinga através de um conjunto de canções feitas
famosas por Cole, bem como algumas inéditas que você pode quase ouvir Nat cantando.
O programa inclui joias como “Mona Lisa”, “Smile”, “Nature Boy”, “L-O-V-E”,
“Quizas, Quizas, Quizas” e “Sweet Lorraine”, tudo acompanhado pela London Studio Orchestra com arranjos do
maravilhoso Vince Mendoza. Este é um arriscado e ambicioso projeto, que poderia
doar datado ou envelhecido, mas “Nat “King” Cole & Me” apresenta recompensa
após recompensa. Primeiro, nós temos a recompensa de ouvir um dos maiores
cantores em um grande trabalho musical. Segundo, a banda—composta por Christian
Sands ao piano, Reuben Rogers no baixo e Ulysses Owens Jr. na bateria—suinga
belamente. O trompetista Terence Blanchard faz uma visita em duas grandes
aparições. Finalmente, a London Studio
Orchestra traz uma adiconal dignidade aos procedimentos. “Cole & Me”
tem toda a exuberância das interpretações originais de Cole, mas permanece,
muito claramente, o trabalho de Porter. Isto não é alguém imitando o “King”.
Este é um artista completamente formado, tomando a música com reverência, mas
com seu próprio estilo. A entonação de Porter é impecável, seu senso de tempo, sublime.
Uma das minhas faixas favoritas é a inédita de Porter, quando “When Love Was
King”. É uma canção que primeiro apareceu no seu lançamento pela Blue Note, “Liquid Spirit”. Aqui, é
apresentada como uma deslumbrante e grande reinterpretação. No conjunto, esta é
outra fantástica contribuição para o crescimento da lenda e discografia de Gregory
Porter.
Faixas
1 Mona
Lisa (Ray Evans / Jay Livingston) 4:20
2 Smile (Charlie
Chaplin / Geoffrey Parsons / John Turner) 4:18
3 Nature
Boy (Eden Ahbez) 3:46
4 L-O-V-E
(Milt Gabler / Bert Kaempfert) 2:09
5 Quizas,
Quizas, Quizas (Farres Osvaldo) 4:31
6 Miss
Otis Regrets (Cole Porter) 4:32
8 When
Love Was King (Gregory Porter) 7:46
9 The
Lonely One (Lenny Hambro / Roberta Heller) 4:35
10 Ballerina
(Bob Russell / Carl Sigman) 2:51
11 I
Wonder Who My Daddy Is (Gladys Shelley) 3:49
12 The
Christmas Song (Mel Tormé / Robert Wells) 3:45
Fonte: Frank Alkyer (DownBeat)
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