A música “Voicemail”, que inicia “The Mugician – do
trompetista Keyon Harrold – é bonita. Porém, como feito secundário dos
pensamentos inspiradores da mãe de Harrold, um quinteto de jazz mais cinco
vocalistas ao fundo e um quarteto de cordas estabelecem uma tremenda densidade.
Usando um correio de voz também é um lugar comum. Infelizmente, “Voicemail” estabelece
a entonação para o álbum de Harrold. Põe à prova, também, firme e proveitosamente
pouco do que nós já ouvimos.
Similarmente, a faixa por trás da politicamente/racialmente
carregada com palavras faladas de Guy Torry em “When Will It Stop” tem apelo,
particularmente a guitarra funkeada de NirFelder e o trompete e flugelhorn
sobrepostos de Harrold. Porém, Torry tem o destaque e ele é um natural
conferencista. Mais pesado ainda é “Broken News” de Andrea Pizziconi, que
apenas não comentam edições contemporâneas como as especifica, ou fricciona
algum ruído neles.
O único sucesso político de “The Mugician”é “Circus Show”, apresentando
o blueseiro Gary Clark Jr., cujo estilo permite franqueza sem inépcia. O álbum funciona
muito melhor, quando a intensidade vai ao menos, explicitamente, em locais
tópicos, tais como quando Jermaine Holmes e Georgia Anne Muldrowatua na
lancinante “WayfaringTraveler”, explorando o pedágio da injustiça psicológica.
Instrumentais também armazenam resultados misturados. “MB
Lament” é uma elegia comovente de Michael Brown de Ferguson, Missouri, com sua
citação de “St. Louis Blues” e notas com estilos de suspense do trompete de Harrold
(embora suas cordas, agora 10 peças, estão outra vez super trabalhado). Sem
aproximadamente usar muito instinto, “Ethereal Souls” e “Bubba Rides Again” viajam
em estradas infundidas de hip-hop
como Ben Williams e Robert Glasper (O último é outro convidado de elevado
perfil, ao lado de Bilal e de rappers como Big K.R.I.T. e Pharoahe Monch).
Harrold também pareceu mais seguro o fogo político de Christian
Scott a Tunde Adjuah, Ambrose Akinmusire e Kendrick Scott, mas com considerável
menor requinte e perspicácia. Ele é um fino trompetista: entonação pungente, graça
técnica (seu fraseado em “MB Lament” é impecável) e ressonância emocional. Porém, seu trajeto não deve ser
aquele de “The Mugician”.
Faixas:
Voicemail; The Mugician; MB Lament; When Will It Stop?; Wayfaring Traveler;
Stay This Way; Lullaby; Her Beauty Through My Eyes; Ethereal Souls; Broken
News; Circus Show; Bubba Rides Again.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte:
Michael J. West (JazzTimes)
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