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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

KEYON HARROLD – THE MUGICIAN (LegacyRecordings)


A música “Voicemail”, que inicia “The Mugician – do trompetista Keyon Harrold – é bonita. Porém, como feito secundário dos pensamentos inspiradores da mãe de Harrold, um quinteto de jazz mais cinco vocalistas ao fundo e um quarteto de cordas estabelecem uma tremenda densidade. Usando um correio de voz também é um lugar comum. Infelizmente, “Voicemail” estabelece a entonação para o álbum de Harrold. Põe à prova, também, firme e proveitosamente pouco do que nós já ouvimos.

Similarmente, a faixa por trás da politicamente/racialmente carregada com palavras faladas de Guy Torry em “When Will It Stop” tem apelo, particularmente a guitarra funkeada de NirFelder e o trompete e flugelhorn sobrepostos de Harrold. Porém, Torry tem o destaque e ele é um natural conferencista. Mais pesado ainda é “Broken News” de Andrea Pizziconi, que apenas não comentam edições contemporâneas como as especifica, ou fricciona algum ruído neles.

O único sucesso político de “The Mugician”é “Circus Show”, apresentando o blueseiro Gary Clark Jr., cujo estilo permite franqueza sem inépcia. O álbum funciona muito melhor, quando a intensidade vai ao menos, explicitamente, em locais tópicos, tais como quando Jermaine Holmes e Georgia Anne Muldrowatua na lancinante “WayfaringTraveler”, explorando o pedágio da injustiça psicológica.

Instrumentais também armazenam resultados misturados. “MB Lament” é uma elegia comovente de Michael Brown de Ferguson, Missouri, com sua citação de “St. Louis Blues” e notas com estilos de suspense do trompete de Harrold (embora suas cordas, agora 10 peças, estão outra vez super trabalhado). Sem aproximadamente usar muito instinto, “Ethereal Souls” e “Bubba Rides Again” viajam em estradas infundidas de hip-hop como Ben Williams e Robert Glasper (O último é outro convidado de elevado perfil, ao lado de Bilal e de rappers como Big K.R.I.T. e Pharoahe Monch).

Harrold também pareceu mais seguro o fogo político de Christian Scott a Tunde Adjuah, Ambrose Akinmusire e Kendrick Scott, mas com considerável menor requinte e perspicácia. Ele é um fino trompetista: entonação pungente, graça técnica (seu fraseado em “MB Lament” é impecável) e ressonância emocional. Porém, seu trajeto não deve ser aquele de “The Mugician”.

Faixas: Voicemail; The Mugician; MB Lament; When Will It Stop?; Wayfaring Traveler; Stay This Way; Lullaby; Her Beauty Through My Eyes; Ethereal Souls; Broken News; Circus Show; Bubba Rides Again.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Michael J. West (JazzTimes)

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