Poucos meses antes dele morrer em 2011, aos 64 anos, o guitarrista
Melvin Sparks foi gravado em concerto em Burlington, Vermont, no clube Nectar. O resultado foi um álbum ao
vivo, agora disponível em download digital
e uma edição limitada em vinil, é prototípico do soul-jazz de Sparks, que não
apresentou instrumentistas de sopro nos anos passados, mas os trouxe em dois
dos seus trabalhos: o saxofonista alto Dave Grippo e o saxofonista tenor Brian
McCarthy. “Live at Nectar” não significa uma gravação essencial, mas é uma fina
coda na carreira de Sparks.
Ele soa tão forte como sempre, e seus principais suportes, o
organista Beau Sasser e o baterista Bill Carbone, são firmes. Sasser, entretanto,
se inclina a explorar o pacote dos truques do B-3: Notas e frases são repetidas
e repetidas, às vezes poucos compassos, mais que alguém cuida de ouvir. Na
outra mão, não obstante Sparks ter sido comparado a Grant Green, sua música tem
mais em comum com funk e jam bands. Grande
solo lírico, em outras palavras, não é a prioridade principal. Você pega sua
abertura animada em “Miss Riverside”, seu fumegante boogaloo em “Fire Eater”, suas interpretações de sucessos em “Breezin’”
e “Ain’t No Woman (Like the One I Got)”, seu funk em tempo médio “Cranberry
Sunshine” (que faz uma soberba apresentação de
um solo de Sasser) e seu aconchegante “Whip! Whop!”. Tudo muito
desfrutável, mesmo se nada salienta o lado mais simples, com citações fora do
lugar de “St.
Thomas” e “The Surrey With the Fringe on Top” no meio de “Breezin’”. É tudo em
nome do prazer das multidões, e Sparks sempre aperfeiçoou este objetivo.
Faixas: Miss Riverside; Ain't No Woman (Like The One I Got);
Fire Eater; Cranberry Sunshine; Breezin'; Whip! Whop!; Thank You; Hot Dog
Músicos: Melvin Spark: guitarra; Bill Carbone: bateria; Beau
Sasser: órgão; Brian McCarthy: saxofone tenor; Dave Grippo: saxofone alto.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Steve Greenlee (JazzTimes)
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