
“New Invasion of Africa”, na qual Melanie Dyer recita um
rigoroso desmonte de Amiri Baraka sobre a política de Barack Obama para a Líbia
(“Imperialismo pode ser olhado como qualquer coisa /Pode ser tranquilo e inteligente
e mesmo ter/Uma bela esposa” em tradução livre), é animado pelo acompanhamento
de mbira como sino por parte de Washington.
“Uh Oh!” é, em sua maioria, tradicional, uma excursão suingante na qual o sax e
bateria intercambiam figuras e acentos do bop. A música composta por Julius
Hemphill, “Dogon A.D.” é firmemente estruturada, mas desafiante, temas que não
soam de forma ocidental e pulsação com característica funk dentro do escopo da
Diáspora, que informa virtualmente tudo sobre a música de Washington. Nestas duas
faixas, o solo de viola de Dyer desatrela um extático, grito gutural, impecavelmente
controlada, ainda que livre de constrangimento.
A postura africanista de Washington é inflexível, mesmo
militante, mas é também dirigida pelo espírito do aforismo usualmente creditado
a Che Guevara: “No risco de parecer ridículo, deixe dizer que a verdade revolucionária
está guiada pelo grande sentimento de amor”.
Faixas
1 To Know Yaweh 4:38
2 New Invasion of Africa 1:33
3 Bitter Sweet 4:04
4 You Can Fly 8:55
5 Jamila 4:24
6 Self Love/Revolutionary Ontology 5:40
7 Uh Oh! 5:31
8 Dogon, AD 9:39
9 Four In One 4:10
Músicos: Salim Washington (saxofone tenor, Mbira,flauta, oboé);
Hilliard Greene (baixo); Tyshawn Sorey (bateria); Melanie Dyer (faixas: 2, 7,
8) - viola, vocal.
Fonte: David Whiteis (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário