playlist Music

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

GOGO PENGUIN - A HUMDRUM STAR ((Blue Note Records)


Tão aculturados são os fãs de jazz para o timbre do trio piano-baixo-bateria em cada nova faixa em ‘A Humdrum Star”, que alguém espera improvisações irromper a qualquer momento. Como na estreia pela Blue Note do GoGo Penguin, em 2016, “Man Made Object”, elas não vêm. Não há muito que distinguir entre os dois álbuns, um ou outro, pouco precioso para distinguir as canções neste.

Oh, certo, o padrão da bateria de Rob Turner em “Raven” é mais complexo que em “Bardo”. Sim, o baixista Nick Blacka domina “Strim”, considerando que o pianista Chris Illingworth recruta mais faixas. Porém, tudo reunido, cada uma compreende um repetido padrão que vai repetindo-se até a banda atingir a próxima. Illingworth toca linhas melódicas sobre estes acompanhamentos improvisados, que estão enfim dependentes na repetição como os acompanhamentos improvisados estão. Ele e Blacka também tocam através das linhas compostas aqui e lá, que permite estarem equivocados por improvisações, se eles não revelam que elas são as mesmas variações melódicas cujas harmonias e andamento não têm variações do todo. É como uma audição de uma caixa de música, ou a dica de um filme, em  circuito.

Admitidamente, há considerável maestria técnica aqui, e forte, belos timbres incluídos no todo. Há também um certo poder emocional para estas figuras musicais, e permanecem tocando mesmo através das repetições literais. Coloca algo em mente de desmiolados confeitos pipocantes com muito açúcar, ou de ratos de laboratórios pressionando um botão para receber doses de narcóticos; lógica e direção desaparecem na torrente para a torrente. Não há espontaneidade, nenhum senso de imaginação em “A Humdrum Star”: apenas algumas preparações pré-fabricadas que impulsionam os botões certos sem um claro estágio final.

Faixas: Prayer; Raven; Bardo; A Hundred Moons; Strid; Transient State; Return to Text; Reactor; Window.

Músicos: Chris Illingworth: piano; Nick Blacka: baixo; Rob Turner: bateria.

Fonte: Michael J. West (JazzTimes)

Nenhum comentário: