
Voltados para a canção, como oposta às possibilidades
improvisadoras, fazem-se presentes, frequentemente conduz ao jazz suave — mas
não aqui. Em vez disto, por enfatizar o conteúdo emocional do material,
Patitucci e companhia trabalham um balanço entre interpretação e improvisação,
que faz justiça às canções, enquanto há uma partida plena de casa para tocar.
Ajuda a Patitucci, o guitarrista Yotam Silberstein e o
percussionista Rogério Boccato, que tem proficiência para economizar.
“Desvairada” encontra o baixo de Patitucci e a deslizante guitarra de Silberstein
sem esforço através de linhas uníssonas em um animado 6/8, enquanto “Nilopolitano”
centraliza primorosamente a melodia bopeada e a improvisação do trio. Porém,
seus virtuosismos não são de todo vistosos, como uma das mais tecnicamente
impressionantes performances, “Olha Maria”, o faz através de um simples arco manifesto
da melodia.
Audiófilos se emocionarão com a intensidade do som analógico
aqui, especialmente com a rica profundidade do baixo de seis cordas de Patitucci
em “Sinhá”. Porém, a devoção de Newvelle pelo LP cria um obstáculo: é duro
imaginar alguém ouvindo esta música e não desejar estar na sala por mais tempo.
Faixas: Irmão De Fé; Catavento; Pr’um Samba; Desvairada;
Olha Maria; Samba Do Grande Amor; As Vitrines; Nilopolitano; Sinhá. (38:34)
Músicos: John Patitucci, baixos acústico e elétrico; Yotam
Silberstein, guitarra; Rogério Boccato, bateria, percussão.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:
Fonte: J.D. Considine
(DownBeat)
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