
Sevian, provavelmente melhor conhecida por seu extenso
trabalho na Mingus Big Band, entende
que “Bliss”, seu segundo álbum como líder, é uma vitrine de cristalização de
uma carreira, e ela não lança bafejos. A abertura sintoniza Coltrane, “Triple
Water”, é uma intencional obra-prima, com dois separados solos deslumbrantes,
temperados com rápidas modulações, notas altas ampliadas e discretos movimentos
guturais. “Miss Lady” negocia alguns agrupamentos de notas tormentosas e então se
assenta em suíngue alegre. “Lamb and Bunny” é um “passa bastão” de solos
empolados, enquanto “Evergreen” demonstra a paciência e restrição de Sevian.
O colossal som de McBride é um ideal realçador de uma grande
entonação metálica do barítono, e se ele está galopando em “Lamb and Bunny”, patrocinando
a pulsação das batidas dos pés de “In the Loop” ou estimulando seu metrônomo no
lado mínimo, suas contribuições são limpas, penetrantes e suingantes. Em
contraste, Strickland e Rodriguez estão relativamente suaves. Às vezes Sevian curva-se
muito à sua técnica, desnecessariamente agitadas no que seria uma balada em “Goldies
Chance” e filtrando a essência do blues em “Bluesishness” com frases que seriam
mais impressionantes em um contexto autônomo. Mais frequentemente, entretanto,
esta é uma festa de debutante para celebrar, complementada por “Minimal Moves”, que utiliza
a progressão harmônica de “Giant Steps” para uma memorável demonstração de
entusiasmo.
Faixas: Triple Water; Square One; Bliss; Bluesishness;
Goldies Chance; Miss Lady; Lamb and Bunny; In The Loop; Evergreen; Minimal
Moves.
Músicos: Lauren Sevian: saxofone barítono; Alexa Tarantino:
saxofone alto; Robert Rodriguez: piano; Christian McBride: baixo; E.J.
Strickland: bateria.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:
Fonte: Britt Robson (JazzTimes)
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