Tendo ele mesmo imergido no blues do Delta no seu aclamado
álbum de 2016, “Dark Was the Night, Cold Was the Ground” (Resenhado neste blog em 15/06/2016), a jovem estrela
do sax tenor faz um movimento em direção à música de protesto norte-americana
em seu último trabalho conceitual, “Meditations on Freedom”. Aproximadamente,
60 anos depois de Sonny Rollins ter gravado seu celebrado “Freedom Suite with
Oscar Pettiford and Max Roach”, Preminger toca em temas que não são menos
prementes e relevantes agora, do que eram antes.
Embora emparelhe com o trompetista Jason Palmer, com quem
seu firme, som propulsivo é perfeitamente equiparado, Preminger esforça-se com
seu quarteto sem piano para a vizinhança do desguarnecido do trio do Rollins. Estas
meditações oportunas em relação aos direitos humanos e civis, o movimento das
mulheres e ao desenvolvimento do risco ao planeta em alto modo reflexivo. Parte
dos poderes dele vem da manutenção da cólera e amargura e a manutenção da
esperança.
Em adição às inéditas na tradição do protesto, incluindo a
brilhante e dançante “We Have a Dream” e a pesarosa “Broken Treaties”, “Meditations”
ostenta interpretações pessoais de canções icônicas.
Uma tomada sombria em “Only
a Pawn in Their Game” de Bob Dylan, que o cantor interpretou na Marcha de Washington
em 1963, apresenta corajoso toques tingidos de modernidade de Preminger. “A
Change Is Gonna Come” de Sam Cooke é interpretada com delicadeza comovente.
“Give Me Love”, de George Harrison, incorpora uma leitura animada realçada por
vívidos modelos de interseções. Ao longo do trabalho, o baixista Kim Cass e o
baterista Ian Froman têm uma invulgarmente presença fluída. Às vezes, a banda
relembra “Old and New Dreams”, erguendo o melódico débito de Froman em relação
à Ed Blackwell.
Faixas: Only a Pawn in Their Game; The Way It Is; A Change
Is Gonna Come; We Have a Dream; Mother Earth; Women’s March; The 99 Percent;
Give Me Love (Give Me Peace on Earth); Broken Treaties.
Músicos: Noah Preminger: saxofone; Jason Palmer: trompete;
Kim Cass: baixo; Ian Froman: bateria.
Fonte: Lloyd Sachs (JazzTimes)
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