Dexter Payne toca clarinete com um estilo tranquilo, cálido
e conversacional. Nunca soa como se ele estivesse impulsionando ou
espalhando-se através da próxima nota, mas como uma espécie de permissão para a
próxima nota fluir. Em “Jazz For All”, Payne e seu quinteto flui através do
choro brasileiro a partir de uma singular, multicultural e multicolorida perspectiva:
Como suporte para Thinking Plague e Hamster Theater, o acordeonista Dave
Willey esculpe impressionante credenciais experimentais de avant-garde; o pianista Victor Mestas Perez tem atuado com bandas renomadas da América Latina,
enquanto o guitarrista Bill Kopper é famoso por sua destreza com jazz e blues
americano e brasileiro e o baterista Raoul Rossiter acompanhou trabalhos do
cantor baiano Renni Flores a Fred Wesley, trombonista da mais famosa banda de James
Brown (e é também instrutor certificado de Pilates !).
Fundado em parte pelo Pathways
to Jazz concedido a partir de Boulder
County (CO) Arts Alliance, “Jazz for All” interpreta o choro e outra música
brasileira através de arranjos jazzísticos e sua abordagem improvisadora. Payne
inicialmente nada nas águas da música calorosa e tropical do Brasil, liderado
pelas mãos do compositor Guadencio Thiago de Mello, com quem Payne colaborou
através de dois continentes, quatro álbuns e quinze anos.
"A maioria das grandes composições brasileiras chamou
minha atenção em 2014, um ano seminal para mim na música e muito mais,
fomentando mudanças que são ainda uma revelação", Payne escreve em suas notas
para o trabalho. É bastante adequado que o primeiro som que você ouve é o solo
desacompanhado do clarinete de Payne na condução da abertura de "Vestido
Longo", selecionada como tema para o Festival Choro Jazz de 2014 no Brasil,
que bordeja com solos, firmes e rico, de violão e piano como em um fino café
brasileiro.
"Coisa No 10" pula mais que desliza, já que a
banda executa os acordes firmemente em uníssono, que saltam do conjunto e os
solistas derramam-se em seu ouvido como água espumante e clara da nascente.
"Coração Latino" revisita a excitação da primeira gravação de Payne em
1997 para seu lançamento “Inspiration (Dexofon, 2004) ”. Esta melodia
serpenteante soa quase como árabe, com um caráter exótico e brincalhão como o
Aladim da Disney, com o acordeão
animado nas harmonias que soam como vocal excitante tirada de uma gravação do BossaCucaNova. Se você pode tomar um
antidepressivo musical, "Coração Latino" seria a melhor prescrição!
"Eu vejo claramente agora, que minha paixão musical é
uma linguagem para cruzar os limites culturais. Começando como um jovem rapaz
branco, sedento do blues, Miles e Basie eu ouvi no rádio, mais tarde viajando
pela América Latina e o Brasil", Payne explana. "Agora eu tomando passos
de bebê para entender a cultura asiática da minha esposa. Assim belos momentos
bonitos, de coração aberto, partilhando entre músicos, brilhantes estrelas
desconhecidas de cada gênero e de cada país onde eles tocaram —17 tão distantes,
e contando! E desde que eu rompi a concha, eu saboreei muito mais culturas
diretas aqui em casa, e encontrei muitas estrelas—do Blues, Africanas, Brasileiras,
Latinas, Gregas, dos Balcãs, Turcas, Árabes, Marroquinas. Não é sobre um
turismo exótico ou distante. Abbey Lincoln disse: 'Música é a magia'".
Faixas: Vestido Longo; Ao Mestre; Coisa No 10; Forrozinho;
Coração Latino; Sempre Que Posso; De Leve; Trenzinho do Caipira; Dia Santo;
Xote de Saudade.
Músicos: Dexter Payne: clarinete, triângulo; Dave Willey:
acordeão; Bill Kopper: violão sete cordas; Victor Mestas Perez: piano, Rhodes;
Raoul Rossiter: bateria, pandeiro, caixa, zabumba, triângulo, tamborim, agogô;
Elena Camerin Young: vocal.
Fonte: Chris M. Slawecki (AllAboutJazz)
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