
O rico som ressonante de Bergonzi, dentro de um esquema à la
Coltrane, é um escrito amplo ao longo do álbum, e é um puro prazer escutá-lo envolvendo
seu instrumento em torno de frases bonitas e improvisações extensas de exuberantes
movimentos lentos da balada “Live Stream”, uma das seis músicas do líder no
disco. Para a faixa título, cavalgando outros tempos descontraídos, Bergonzi e
Grenadier associam-se para uma leitura uníssona com muitas curvas, imprevisível
liderança antes de decolar nos solos. O trompetista, como em outras partes, impulsiona
o empreendimento para frente com longos fluxos de manifestos conversacionais,
escalando e caindo, duplicando para trás e providenciando surpresas harmônicas.
Na abertura de “Pleiades”, sua outra referência astronômica, o saxofonista atua
em outro tema em uníssono ziguezagueante. Aproximadamente, a composição de 10
minutos permite uma expedição impressionante por parte de Winther, e encerra
com solos simultâneos pelo saxofonista e trompetista.
O programa também oferece contraste. Na melancólica
“Repore-Pa-Int”, os crescendos do solo de Bergonz recuam, embora a entonação em
tom menor de “Separated” sente-se riscada com pungência, ganhando da espaçosa
exploração do baixo de Aman. As escovinhas tremeluzentes em “Darf” faz uso
soberbo de espaços abertos, e Grenadier passa para a ligeira “Vertigo” e a
flutuante, rodopiante “Darkness”. Esta gravação de estreia do quinteto é atraente,
às vezes enlevada e plenamente merecedora de uma sequência.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Philip Booth (JazzTimes)
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