playlist Music

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

JERRY BERGONZI – DOG STAR (Savant)


Excursionando pela Europa em anos recentes, residente em Boston, o saxofonista Jerry Bergonzi reuniu-se a um trio liderado pelo pianista dinamarquês Carl Winther, com o baixista Johnny Aman e com o baterista Anders Mogensen. Em seu último trabalho em estúdio, “Dog Star”, a entonação polida do tenor de Bergonzi é reflexiva com abordagem exploratória para tocar, compondo e arranjando, fazendo uma parceria com a banda de Winther e o trompetista Phil Grenadier, um companheiro bostoniano e regular associado.

O rico som ressonante de Bergonzi, dentro de um esquema à la Coltrane, é um escrito amplo ao longo do álbum, e é um puro prazer escutá-lo envolvendo seu instrumento em torno de frases bonitas e improvisações extensas de exuberantes movimentos lentos da balada “Live Stream”, uma das seis músicas do líder no disco. Para a faixa título, cavalgando outros tempos descontraídos, Bergonzi e Grenadier associam-se para uma leitura uníssona com muitas curvas, imprevisível liderança antes de decolar nos solos. O trompetista, como em outras partes, impulsiona o empreendimento para frente com longos fluxos de manifestos conversacionais, escalando e caindo, duplicando para trás e providenciando surpresas harmônicas. Na abertura de “Pleiades”, sua outra referência astronômica, o saxofonista atua em outro tema em uníssono ziguezagueante. Aproximadamente, a composição de 10 minutos permite uma expedição impressionante por parte de Winther, e encerra com solos simultâneos pelo saxofonista e trompetista.

O programa também oferece contraste. Na melancólica “Repore-Pa-Int”, os crescendos do solo de Bergonz recuam, embora a entonação em tom menor de “Separated” sente-se riscada com pungência, ganhando da espaçosa exploração do baixo de Aman. As escovinhas tremeluzentes em “Darf” faz uso soberbo de espaços abertos, e Grenadier passa para a ligeira “Vertigo” e a flutuante, rodopiante “Darkness”. Esta gravação de estreia do quinteto é atraente, às vezes enlevada e plenamente merecedora de uma sequência.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: Philip Booth (JazzTimes)

Nenhum comentário: