
Uma coisa é certa, o
jazz-fusion pode realizar uma intensa audição para os não iniciados,
especialmente quando você está lidando com um altamente treinado e disciplinado
grupo de instrumentistas cerebrais, que amaram confundir a mente dos ouvintes e
sobrecarregá-la com porções de estranhos detalhes musicais.
O álbum decola para um início impressionante com a faixa
título, onde Larry Coryell afirma algumas linhas de guitarra extremamente
jazzísticas, quase científicas, enquanto Miroslav Vitous lança-se ativamente no
baixo. McLaughlin adiciona um pouco de magia para a qual há uma abertura
supremamente satisfatória. "Rene's Theme" é um número inspirado por Django
Reinhart, e é um pouco animada a audição dos dois guitarristas, que não só
duelam, mas desfrutam do processo. Em "Gloria's Step" a banda
completa está uma vez mais em modo analítico, explorando em todas as espécies
de entonações e modulações que imitam a arte. Imagine você que não há
provavelmente um pouco de seguimento aqui, do que não foi explorado pela
plenitude de músicos de jazz dos anos 1950. O mesmo ocorre com a composição de Coryell,"Wrong
Is Right", uma canção que poderia ter aparecido tranquilamente em qualquer
álbum de Charlie Mingus, com uma exceção: como se Coryell estivesse dizendo '
Estou tentando expandir sua consciência, enquanto exploro suas vísceras com meu
solo de guitarra.
As coisas vêm a ser acadêmicas em "Chris" composta
pela esposa de Coryell, onde Chick Corea apita e arrasa no teclado elétrico em
seu próprio e inimitável modo, enquanto Larry fornece escalas de guitarra em
fino exercício. A faixa final, "New Year's Day In Los Angeles -1968",
dura vinte segundos, mas é uma encantadora maneira de trazer o fechamento do
álbum.
Não haverá dúvida que “Spaces” foi um álbum inovador em
diversas maneiras. Porém, em 1969/70, obviamente, algo fazia água, como se
todos os elementos fundamentais do universo musical viessem juntos para criar
átomos e moléculas mais complexas, que é o que a Jazz Fusion realizou: uma criação de novos mundos cujas possibilidades
foram, aparente e continuamente intricadas. Eles fazem pose para assinalar uma
marca sobre a cabeça do ouvinte com o que tudo isto significa.
Faixas: Spaces (Infinite); Rene´s Theme; Gloria's Step;
Wrong Is Right; Chris; New Year's Day In Los Angeles.
Músicos: Larry Coryell: guitarra; John McLaughlin: guitarra;
Chick Corea: piano elétrico; Billy Cobham: bateria; Miroslav Vitous: baixo.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Sacha O'Grady (AllAboutJazz)
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