playlist Music

sexta-feira, 22 de março de 2019

ART PEPPER – UNRELEASED ART PEPPER VOL. 10 : TORONTO (Widow'sTaste)


Nem todas notas para o CD— em cada primeira sentença—descreve o artista em questão como “assustado com a morte e consequentemente transporta para fora da sua cabeça” como ele “cambaleou no palco” no trabalho. É um erguer de sobrancelha, inevitavelmente moldando o jeito de nós abordarmos a música. A autora destas palavras é Laurie Pepper, cuja memória do seu falecido marido, o saxofonista alto ArtPepper (ela foi a sua terceira esposa), foi subintitulada “Why I Stuck With a Junkie Jazzman – Porque eu me prendi a um jazzista drogado, em tradução livre”. Embora ela seja franca em relação ao estado físico e mental do seu falecido marido, ela não está sendo sensacionalista, mas simplesmente colocando as cartas sobre a mesa: O hábito de Pepper de se dopar é inseparável da compreensão do seu trabalho, tanto quanto de Chet Baker, Billie Holiday ou Charlie Parker e embora ele tenha tido um período de repercussão no verão de 77, é instrutivo saber que o demônio nunca esteve tão longe.

Pepper, ela disse, foi sóbrio para o trabalho de Toronto, no qual foi capturado neste 10º volume ao vivo, principalmente do seu período final, embora também tome lugar um mês antes do “ardiloso” show no Village Vanguard descrito acima. Pode qualquer um, o mais dedicado ouvinte discernir o chapado Pepper do “limpo”Pepper? Talvez sim, talvez não, mas houve também outras circunstâncias modelando a música. Por uma coisa, os shows de Nova York estavam sendo gravado para um álbum ao vivo, e um muito nervoso Pepper foi suportado por um time de incomparáveis pesos-pesados: George Cables, George Mraz e Elvin Jones. Na parte canadense, a banda incluiu o pianista Bernie Senensky, os baixistas Gene Perla e Dave Piltch, e o baterista Terry Clarke. Eles são músicos finos, cada um apresentando mais que um acompanhamento capaz e solos sólidos para o reconhecido saxofonista, mas os principais deles são Cables/Mraz/Jones. Apesar da gravação tender a estar além do microfone do altoísta (as sonoridades em geral são erráticas), a banda aqui guina a partir de uma tentativa, mesmo perdida, às vezes, como se eles estivessem relutantes em aumentar a marcha para completo vigor por temer um assustado Pepper.

O show “Toronto” não será uma ideia definitiva de alguém sobre uma gravação de Art Pepper, mas nenhum está destroçado, considerando seu estado volátil. “A Song for Richard”, a faixa de abertura, foi composta pelo trompetista Joe Gordon, e Pepper dispende mais da primeira metade dos seus 17 minutos em um modo investigativo, ensaio de entonação e tempo, antes de passar os holofotes para Senenskye Piltch.

Porém também é bastante confiante, mesmo isto é prematuro no trabalho (Laurie nota que foi provavelmente a segunda música tocada), para rapidamente saltar as coisas para um entalhe. Em duas faixas, “Long Ago and Far Away”, seu solo é magnificente, furioso e audacioso. As seguintes “What Is This Thing Called Love?” e “All the Things You Are”, a meio caminho, ele está em um passo consistente, a banda está em perfeita sincronia e há mais que uma alusão do flamejar, que frequentemente caracterizou o melhor de Pepper nas gravações pelo solo Contemporary dos anos 50. À la Rollins, “Samba Mom-Mom”, a penúltima faixa do trabalho, é bravio e suingante. A entonação áspera de Pepper, como solista e como participante de banda, e suas hábeis navegação do ritmo traz algo melancólico ao programa, embora, aproximadamente, após três horas chegará ao encerramento.

Sem levar em conta, que Pepper não devia estar tão bem farmaceuticamente naquela noite de Junho de 1977, e o que deve ter acontecido a ele, breve, depois no Vanguard, marca o êxito dele em Toronto mais frequentemente do que não.

Faixas: CD1: A Song for Richard; Long Ago & Far Away; Here’s That Rainy Day; Blues for Heard; What is this Thing Called Love. CD2: All theThings You Are; Band Introductions; the Summer Knows; I’ll Remember April. CD3: Samba Mom Mom; Star Eyes; Art Pepper Interview by Hal Hill.
Músicos: Art Pepper: saxofone alto; Bernie Senensky: piano; Gene Perla/Dave Piltch: baixo; Terry Clarke: bateria.

Fonte: Jeff Tamarkin (JazzTimes)


Nenhum comentário: