Quando Bird e Diz pegaram os acordes das canções populares
como “I Got Rhythm” e “Cherokee” e compuseram novas melodias sobre elas, pessoas
as chamaram de bebop. O saxofonista
barítono Gary Smulyan opta por um nome conceitual de jazz-educação, ou seja, “contrafacts
(NT: Na educação jazzística, um
contrafacto é uma composição musical que consiste numa nova melodia sobreposta
a uma estrutura harmónica familiar. Contrafacto também pode ser explicado como
o uso de progressões de acordes emprestadas). Este álbum em trio traz
reunido oito exemplos menos conhecidos da prática dos anos 40 até os anos 60—incluindo
tais “alternativas” dos clássicos bop
como “Vodka” de Mal Waldron, “Ahma See Ya” de Ted Curson e “Hanid” de Coleman
Hawkins —ao lado de um único contrafacts
de Smulyan, “I’ve Changed”.
A erudição apresentada nas escolhas de um corte profundo de Smulyan
é bastante clara em seu toque. Seu melhor solo vem em “Moodamorphosis” de Gil
Fuller e Dave Burns, uma festa sustentada em ideias brilhantemente
interconectadas. A seção rítmica adiciona especial esplendor em “Tale of the
Fingers” de Paul Chambers, com o baixista David Wong dando prática a seu arco e
o baterista Rodney Green intercambiando cintilantes oito e quatro compassos com
Smulyan. Tempos e sentimentos rítmicos não variam muito do suingue médio, mas
os músicos encontram novas guinadas, onde eles podem. Em “Deep People” de Jimmy
Giuffre, por exemplo, eles todos deixam porções de buracos em suas partes, o
papel de cada instrumentista em relação à batida — que a está mantendo, quem a
está executando—nas mudanças de segundo a segundo.
Se você não está familiarizado com estas canções, mas ainda
quer identificar as fontes das quais elas saltam, seu trabalho de investigador
harmônico será complicado pelo fato que não há presente nenhum instrumento
cordal. Isto contribui para contar que as mudanças os músicos estão ouvindo em
suas cabeças, e é mais confortável para eles migrarem destas mudanças quando
eles gostam. Você deve estabelecer bem o trabalho das suas mentes analíticas em
outras tarefas e que apenas desfrutam das vibrações esperançosas, das quais há
plenitude.
Faixas
1 VODKA (Mal Waldron) 7:34
2 DEEP PEOPLE (Jimmy Guiffre) 5:24
3 TALE OF THE FINGERS (Paul Chambers) 5:42
4 COHN PONE (Al Cohn/Nick Travis) 6:32
5 MOODAMORPHOSIS (Gil Fuller, Dave Burns) 7:10
6 AHMA SEE YA Ted Curson) 7:46
7 I’VE CHANGED (Gary Smulyan) 5:22
8 ON THE MINUTE (John Eardley) 6:00
9 HANID (Coleman Hawkins) 7:35
Músicos: GARY SMULYAN: saxofone barítono; DAVID WONG: baixo:
RODNEY GREEN: bateria
Fonte: Mac Randall (JazzTimes)
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