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quarta-feira, 27 de março de 2019

MARK GUILIANA JAZZ QUARTET - JERSEY (Motéma)


Mark Guiliana recebeu muitas das acalmações iniciais por conceber ritmos inflamados que combinam modelos espertos associados à eletrônica e hip-hop com as complicadas improvisações do jazz. 

Tal é o caso para este encorpado e arrebatador segundo lançamento do seu quarteto de jazz, “Jersey”, no qual a agilidade rítmica de Guiliana e a força viva providenciam a faísca para um programa de atraentes canções, que otimiza a interação do grupo, tanto quanto as finas composições do líder. 

Com suas melodias circunspectas e cantáveis e ritmos contagiantes, “Jersey” é decidamente focada na canção. Isto certamente vem através de inéditas do baterista, tais como a sorumbática “September”, que apresenta o saxofonista tenor Jason Rigby soprando uma melodia lamentosa através da frágil linha do baixo de Chris Morrissey e acompanhamento retumbante do piano de Fabian Almazan. A evocativa faixa título, na qual a entonação quieta de Rigby e o melodismo sucinto emitem um meditativo vislumbre e a encantadora “Big Rig Jones”, que retém um gancho cantarolante a despeito dos ritmos entrançados de Guiliana e propulsão vigorosa. Morrissey contribui com duas composições vitoriosas: a caprichosa com toque latino “Our Lady” e a crescente “The Mayor Of Rotterdam”. 

As pirotecnias de Guiliana inflama um interlúdio impressionista, “Rate”, um solo de bateria dedicado a Roy Haynes, Art Blakey, Tony Williams e Elvin Jones. Porém, mesmo aqui, há uma arquitetura sofisticada a tocar. E a entalhada-afiada “Inter-are”, que inicia o disco, o líder permite ritmos angulares mais firmes para sugestão da banda através de passagens astuciosas.

“Jersey” transporta tremenda agudeza. Porém, ele alcança um profundo estado melancólico com uma leitura deslumbrante de “Where Are We Now? ”de David Bowie, que encerra o o disco. Rigby e Almazan em cada tomada improvisando na melodia em feitio elegíaco. Como o toque sinfônico de bateria de Guiliana ajuda a construir a intensidade da canção, a banda expões as letras hínicas das canções – todas trazem um final franco.

Faixas: Inter-are; Jersey; Our Lady; BP; Rate; September; Big Rig Jones; The Mayor Of Rotterdam; Where Are We Now? (46:59)

Músicos: Mark Guiliana, bateria; Jason Rigby, saxofone tenor; Fabian Almazan, piano; Chris 
Morrissey, baixo.


Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

 


Fonte: John Murph (DownBeat) 

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