
Se por ironia, ou não, é difícil contar, mas no ataque da
abertura de “H&A”, o baterista Eric Garland misteriosamente imita uma
batida “click” digitalizada; então, quase como declarar suas resistências
humanísticas para tal falta de tato, a banda reconforta com jovial e suingante
balanço que efervesce com uma subcorrente de funk não afetado. Acima e na
frente, os solos fluem tranquilamente como líquido, só ocasionalmente afiados
com suscetíveis ataques e arremetidas de adstrigência.
Isto praticamente estabelece o tom. “Pleasant” deve soar pejorativa,
mas é um veredito oportuno. Só ocasionalmente, como em “Parallel Falcon” (na
qual as múltiplas improvisações entre trompete, alto e barítono e dimensão jubilosa,
a melodia dançante da peça serve como tema dominante) e “Blues for CM” , na
qual o tenor de Cory Wright finalmente manobra para escapar dos vínculos dos
tempos convencionais e tonalidade, e a grasnante entonação do solo do alto de Kasey
Knusden , combinado com a propulsiva bateria de Garland, providencia alguns dos
mais combativos e exploratórios toques em oferta , nos faz saborear a intrepidez
e apenas a imaginativa riqueza desta banda é capaz de fazer o seu melhor.
Faixas
1 H & A 5:02
2 Old Cool 7:20
3 Parallel Falcon 7:07
4 Epicureans 5:48
5 Wide and Awake 8:23
6 Sleepless in Suresnes 3:28
7 Grass 6:08
8 Blues for C.M. 7:08
9 Nellowee's Watlz 4:31
Fonte : JazzTimes
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