O 12º lançamento do trompetista Alex Sipiagin, como líder, para
o estimado selo Criss Cross, encontra-o
retornando à linha de frente formada por três instrumentos de sopro, que ele
anteriormente explorou no maravilhoso "Destinations Unknown" (Criss
Cross, 2011). Retornando daquele trabalho estão o gigante do saxofone tenor, Chris
Potter, e o implacavelmente suingante Eric Harland na bateria. David Binney é a
escolha costumeira de Sipiagin para o sax alto (tendo aparecido em três
lançamentos anteriores), entretanto desta vez Will Vinson completa a seção no
sax alto. A remanescente seção rítmica é composta pelo tecladista John Escreet e
pelo baixista Matt Brewer, que são ouvidos em instrumentos acústicos e
elétricos no lançamento de Sipiagin, em 2015, "Balance 38-58".
Esta nova música uma vez mais reforça o status de Sipiagin
como um dos criadores de pequenos grupos de alto nível com seu estilo distinto
de complexidade, contraponto complicado, mas com o lançamento ele explora novos
sons dentro seu conceito de compor através do uso através de Escreet no
sintetizador Prophet 6. A importância
do instrumento na música é imediatamente aparente na abertura da faixa,
"Evija Bridge". Abaixo da complexa e passagens ritmicamente linha do
instrumento de sopro, Escreet adiciona movimento para frente da peça com
acordes agitados do sintetizador e uma camada extra sonora, quando a composição
realmente dá estabelece um caminho breve, mas a seção caótica improvisada. Após
solos nuançados de Sipiagin e Vinson um interlúdio composto lideram um solo
estonteante de Potter. O solo é notável não só pela astuciosa elaboração do
toque melódico de Potter (que seus fãs esperaram), mas também pelo fato de Escreet
dobra o solo de Potter no sintetizador via duplicação. Como David Adler aponta
nas excelentes notas para o disco, esta escolha passa para o solo improvisado
quase de uma parte da composição em si, funcionando preferencialmente como um
solo de um arranjo de uma orquestra.
Sipiagin adiciona outro elemento à sua música na forma da
vocalista russa Alina Engibaryan, que contribui e atua nas letras com
delicadeza e beleza na faixa título. A peça é uma balada supreendentemente
simples e uma vez mais apresenta um conjunto de sons do sintetizador de Escreet.
Engibaryan também aparece em "Breeze", desta vez com vocalise reforçando a principal melodia.
A faixa é ainda outra interessante partida para Sipiagin, onde não há solos. Em
vez disto, peça composta, lentamente, constrói com tecidos intricados linhas de
instrumentos de sopro que cruza com firmeza, mas o balanço restrito da seção
rítmica, forma uma sutil passagem e arco cuidadosamente balanceado.
Muito das composições marca um passo interessante à frente
de Sipiagin, mas há ainda firmes laços para suas raízes no post-bop. "Bergen Road" encontra o sexteto em
instrumentos acústicos para expndir-se, e a maioria relembra o intenso estilo composicional
e interação emocionante em "Destinations Unknown". "Mike's
Blues" é talvez a melhor mistura do velho e novo, com Escreet soando no
piano acústico e sintetizadores. Sipiagin nota que a única relação real da
canção tem o blues em uma forma de seus 12 compassos, e explica que a melodia
foi construída em torno de uma frase simples de um dos solos de Michael
Brecker. Ajustando-se, então, a Potter em seu primeiro solo, como ele era considerada
por muitos o sucessor espiritual de Brecker, e ele certamente cumpre esta
consideração com um dos mais finos solos da gravação.
Em todo o álbum está um interessante e passos largamente
bem-sucedidos para a frente de um dos principais compositores e improvisadores
do jazz. O sintetizador Prophet 6 oferece
leque sem limite de novas texturas e cores, que Sipiagin ininterruptamente incorpora
em sua paleta composicional já estabelecida e acrescenta à música vocais
adicionais. A inclusão de letras em uma faixa desliza para fora do contexto da
natureza instrumental e conceitualmente abstrato do resto da música, mas, como
um complemento do álbum, é uma interessante perspectiva nova no distinto estilo
composicional de Sipiagin.
Faixas: Evija Bridge; Moments from the Past; Unexpected
Reversal; Mike's Blues; Breeze; Bergen Road; Dream.
Músicos: Alex Sipiagin: trompete, flugelhorn; Will Vinson:
saxes alto e soprano; Chris Potter: sax tenor; John Escreet: Prophet 6 synth, Fender rhodes, piano; Matt Brewer: baixos acústico e elétrico; Eric
Harland: bateria; Alina Engibaryan: vocal.
Fonte: Andrew Luhn (AllAboutJazz)
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