As 13 faixas de “Life Of” do guitarista Steve Tibbetts são
todas no mesmo tom (ré menor), ou muito próximo disto. Elas são todas da mesma
estrutura e timbre (violão, com um cello que cria misteriosos zumbidos e
ocasionais acentos no piano e na percussão). Elas são do mesmo caráter e modelo
(lentas, suaves, melancólicas). Elas todas exibem o mesmo eco cavernoso e
ambiência. Entretanto, o álbum é requintado.
Dadas as características acima, também parece, de primeira,
como um fundo musical. Para ouvir como tal, entretanto, deveria ficar de fora seus
espectros notáveis de nuances. Sob uma audição próxima, “Life Of” contém delicado
dedilhado que rola (“Bloodwork”) que dá passagem a fraseado como cítara e nota dominante
(“Life of Emily”) no caminho para iluminar simples meditações sublinhadas por
fragmentos do cello de Michelle Kinney, então um repentino crescimento de uma
percussão cadenciada de Marc Anderson e variantes sobrepostos do piano de Tibbetts
(“Life of Mir”). Distante, ao lado estão figuras, que dão piruetas brilhantes
na guitarra e no piano (“Life of Joel”). Tomado como um simples trabalho
extenso, é um estudo em sutil desenvolvimento.
Este desenvolvimento mantem a música revigorante. As simples
notas dedilhadas que permitem simplesmente a Tibbetts decompor-se em “Life of
Dots”, através do álbum, estão tão misteriosas e moventes como “Bloodwork” esteve
no começo. As sonoridades singulares (incluindo Anderson no handpan) na penúltima “End Again” estão
mesmo desta maneira. A conclusão de nove minutos de “Start Again”, mais perto
de “Life Of”, vem para uma autocontida composição autodesenvolvida, e é ainda
uma introdução de novas ideias , em particular, um momento rítmico e segue no
dramático uso de timbres percussivos e dinâmicas, que devem mesmo excitar as
lágrimas.
Faixas
1. Bloodwork
2. Life Of Emily
3. Life Of Someone
4. Life Of Mir
5. Life Of Lowell
6. Life Of Joel
7. Life Of Alice
8. Life Of Dot
9. Life Of Carol
10. Life Of Joan
11. Life Of El
12. Start Again
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Michael J. West (JazzTimes)
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