
Há grande precedente para uma orquestra de jazz Afro-Cubana.
Se o gênero tem um
Hall of Fame, seria
relembrado com vivacidade com exuberantes figuras: Machito’s Afro-Cubans, Dizzy
Gillespie’s Big Band, Tito Puente. Como as orquestras Afro-Cubanas de hoje
objetivam estender o grande legado deste gênero, o sucesso delas depende
largamente em como estas bandas definem-se elas mesmas contra tropas existentes.
A “Afro-Bop Alliance Big Band”, capitaneado pelo baterista Joe McCarthy, ocupa um
ponto na singular ordem cronológica das orquestras afro-cubanas, uma vez que é o
líder espiritual da história relatada do gênero e também de alguns dos seus
inovadores impetuosos. McCarthy— um percussionista residente em Washington, D.C.
salta no conhecimento musical Afro-Cubano — concebeu sua banda
Alliance como um hepteto, e sobre o
curso de cinco gravações tem gradualmente expandido o grupo para uma
big band. O amplo perfil não afetou a
agilidade da banda, McCarthy manobrou facilmente a orquestra dentro de um
holofote crítico, vencendo um Grammy Latino em 2008. Para “Revelation”, o sexto
lançamento da
Alliance, McCarthy amplia
o passo sonoro da banda uma vez mais, adicionando quatro baterias de
steel-pan. O extenso espaço de texturas apenas
aumenta a colagem vibrante do som do álbum, que foi agregado de composições do
líder da banda e antigos associados a Vince Norman (que também contribui
vividamente nos saxofones alto e soprano) e Luis Hernandez (que abastece,
também, com vigoroso e sinuoso tenor). No ato de compor e execução, alguém ouve
um equilíbrio restaurador entre ritmos latinos de Chano Pozo e Irakere e a
densidade harmônica do jazz moderno. Esta é música que estaria igualmente em
casa nas praias de Havana como em
nightclubs
de Manhattan. Ritmos cubanos vivos e harmonia coloridas de jazz são engenhos
gêmeos que mantêm este álbum em movimento, e McCarthy e companhia demonstram
controle esperto. A meticulosamente executada “CuBop” e a ondulante “Magharibi”
trazem a herança afro-cubana em suas conexões, enquanto outros derivam vigor de
suas proximidades com outras tradições de
big
band. “No Rest For The Bones Of The Dead” corteja um som de canção
religiosa de uma orquestra dos anos 1970, e “Dialed In”, com sua percussão
rumorosa e arranjos suscetíveis nos metais, margens que penetram no território
de Mingus. Ritmos afro-cubanos dançáveis e arranjos cerebrais de jazz são uma
aliança forte, realmente.
Faixas: CuBop; No Rest for the Bones of the Dead; Magharibi;
A Family of Four; Soulfriere; Dialed In; Creencias.
Músicos: Joe McCarthy: líder, bateria, percussão; Roland
Vazquez: maestro (2, 4, 7); Brian MacDonald: trompete; Mark Wood: trompete;
Rich Sigler: trompete; Chris Walker: trompete (1, 3, 5, 6); Dan Orban: trompete
(1, 3, 5, 6); Tim Stanley: trompete (1-3, 5-7); Alex Norris: flugelhorn (4);
Vince Norman: saxes alto e soprano; Bill Mulligan: sax alto, flauta, piccolo
(2, 4, 7); Pete Barenbregge: sax alto, flauta (1, 3, 5, 6); Joseph Henson: sax tenor,
flauta (1, 3, 5, 6); Matt Stuver: sax tenor; Luis Hernandez: sax tenor; Darryl
Brenzel: sax barítono, clarinete baixo; Matt Niess: trombone; Rhoades
Whitehill: trombone (1, 3, 5, 6); Joe Jackson: trombone (1, 3, 5, 6); Jeff
Cortazzo: trombone (1, 3, 5, 6); Victor Baranco: trombone (2, 4, 7); Dave
Perkel: trombone (2, 4, 7); Matt Neff: trombone (2, 4, 7); Harry Appelman:
piano; Jim Roberts: guitarra; Ed Fast: vibrafone (2, 4, 7); Tom Baldwin: baixo
(1, 3, 5, 6); Oscar Stagnaro: baixo (2, 4, 7); Samuel Torres: congas (2, 4, 7);
Robert Quintero: congas, percussão (1, 3, 5, 6); Victor Provost: steel pans lead; Josanne Francis: steel
pans tenor; Khandeya Sheppard: steel
pans double seconds; Adam Crise: steel pans cello.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: BRIAN ZIMMERMAN (DownBeat)
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