O pianista Richard
Sussman está entre os mais ambiciosos compositores na cena do jazz atual, um
veterano do circuito de orquestras, cujo trabalho tem sido divulgado pela Vanguard Jazz Orchestra, pela Metropole Orchestra, pela Manhattan School of Music Jazz Orchestra
e pela American Composers Orchestra, dentre
muitas outras. Um dedicado educador do jazz, Sussman é também recipiente de
numerosas honrarias, incluindo dois prêmios do NEA em Jazz Composition, um
ASCAP Jazz Composition Award e um Chamber Music America New Jazz Works. Muito
de seu amplo reconhecimento, artístico e profissional, possui seu processo
criativo, que está enraizado na tradição, ainda que acessível a novas
tendências e sons. Seu último projeto, o épico “Evolution Suite”, exemplifica
esta criativa perspectiva com dignidade e autossegurança. Dez anos na criação,
o álbum é uma delicada mistura de suave música de câmara, zumbidos eletrônicos,
jazz radiante que cria um novo nicho para si mesmo, paga uma respeitosa
homenagem às tradições nas quais é construída. A parte principal do programa é
uma suíte com cinco partes sobre as cordas (cortesia do Sirius Quartet e o violonista convidado Zach Brock) emprega diálogo
afiado com uma pequena banda ágil, que inclui Sussman (piano e eletrônica),
Scott Wendholt (trompete), Rich Perry (saxofone tenor), Mike Richmond (baixo) e
Anthony Pinciotti (bateria). Os intercâmbios musicais aqui são frequentemente
fluentes de forma livre e estimulantes, como na reflexiva “Movement II:
Relaxin’ At Olympus” ou a abertura de “Movement I: Into The Cosmic Kitchen”. Porém,
outras vezes, eles podem ser agressivos e desafiantes, como em “Movement III:
Nexus”, com seu ir e vir de cordas eletrificadas e irascível eletrônica, e
“Prevolution”, filtrando a bateria. A força desta unidade em sua habilidade de
arrastar o lirismo de uma variedade de origem estilística, sejam elas em estilo
tradicional, clássico, pop ou free-jazz. E embora na ocasião estes movimentos
podem ser examinados isoladamente – há um imperturbável senso de suingue em “Movement
V: Perpetual Motion” e um diáfono, de mau-agouro avant-garde em “Movement
IV: The Music Of The Cubes”— o álbum alcança
seus mais altos pontos quando todos se amalgamam juntos, que ocorre com
frequência fascinantes neste álbum atrativo.
Faixas: Movement I: Into The Cosmic Kitchen; Movement II:
Relaxin' At the Olympus; Movement III: Nexus: Movement IV: Music Of The Cubes;
Movement V: Perpetual Motion; Prevolution; Movement II (radio edit); Movement V
(radio edit).
Músicos: Richard Sussman: piano, eletrônica; Scott Wendhoit:
trompete, flugelhorn; Rich Perry: saxofone tenor; Mike Richmond: baixo elétrico
e acústico; Anthony Pincioti: bateria; Zack Brock: violino elétrico. The Sirius Quartet: Gregor Heubner:
violino; Fung Chern Hwei: violino; Ron Lawrence: viola; Jeremy Harman: cello.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: BRIAN ZIMMERMAN (DownBeat)
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