
A mais notável nova ondulação está no conteúdo. Onde as
gravações iniciais da banda que continham interpretações de bem conhecidas (a
maioria) bandas metal/hard-rock, “Conundrum” apresenta apenas uma composição
não original entre suas nove faixas, e a sua “Gymnopédie No. 1” de Erik Satie
do século XIX. Skolnick e o trio a
interpreta de forma direta, também—não há tentativa de balançar ou dissimular
sua sensível estrutura. Com Skolnick tocando instrumento acústico, Zebroski usando
suas escovinhas e Peck seguindo confortável no baixo, à melodia reconhecível é
dado um tratamento respeitoso em um arranjo, que apenas levemente ornamenta as
dinâmicas construídas na canção.
Outras faixas, também, suavizam as pirotecnias, entre elas “A
Question of Moral Ambiguity”, que desliza adiante alegremente, Skolnick tomando
o cuidado com a condução da sua nota simples e deixando o entusiasmo para Zebroski,
que esmaga o prato aqui e explode a cadência no tambor para enfatizar. “Django
Tango”, como seu título pressupõe e
projeta um exótico sabor.
Apenas poucas faixas encontram o trio encaminhando as coisas,
embora deliberadamente deságua em curtas e vistosas exibições de velocidade,
vigor e desafio. “Unbound”, a abertura, dá a Skolnick uma oportunidade precoce
para deixa-lo voar e ele incandesce bastante forte em “Culture Shock”, que faz jus ao seu
nome, visitando todos os estilos dos mundos, mesmo Nashville de Chet Atkins. Porém,
majoritariamente, “Conundrum” é hábil, artisticamente elegante, não indo de
forma louca, porque simplesmente alguém pode.
Faixas
01. Unbound
02. Django Tango
03. Conundrum
04. Gymnopédie, No. 1
05. Culture Shock
06. Dodge The Bambula
07. Key Of Sea
08. A Question Of Moral Ambiguity
09. Protect The Dream
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: JEFF TAMARKIN (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário