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quarta-feira, 19 de junho de 2019

BILL DAHL – THE ART OF THE BLUES (Universityof Chicago Press)


Aclamado autor e jornalista de música, Bill Dahl, que escreveu as notas de dúzias de álbuns, em conjunto com o consultor de arte e historiador Chris James reuniram-se para montar o livro The Art of the Blues: A Visual Treasury of Black Music’s Golden Age de 224 páginas. O livro é ilustrado com 350 imagens que faz a crônica da História do blues via fotografias, partituras e capas de álbuns, selos de 78 r.p.m., propagandas, canhotos de ticket, cartazes de concertos e de cinema. Um pouco destas imagens são famosas tais como o retrato icônico de Bessie Smith com os braços estendidos (realizada pela fotógrafa residente em Nova York, conhecida como Elcha) ou a capa do LP de Muddy Waters At Newport de 1960—mas muitos outros documentos efêmeros. O livro providencia uma fascinante documentação visual da indústria tanto quanto como uma idéia da cultura norte-americana. Por exemplo, a capa com a partitura de 1936 para “Saddle Your Blues To A Wild Mustang” (letras de George Whiting e Buddy Bernier, música de Billy Haid) apresenta uma ilustração de um cowboy usando esporas, sentado em uma cerca e tocando violão enquanto olha para um próximo cavalo bravio. O desenho da capa também mostra uma brecha retangular para uma foto de um músico, que gravou “Saddle Your Blues”. A versão da partitura do líder de banda e pianista Claude Hopkins desta música está exposta no livro de Dahl — que atua no Savoy e Roseland Ballrooms— mas sobre outras versões incluiu uma foto de um músico branco (eu fiz uma rápida pesquisa no Google e encontrei versões que apresentam fotos de Henry Hall ou Phil Levant na capa).  Tesouros visuais abundam aqui: É um deleite ver as partituras de “Spinnin’ The Web”, composta pelo baterista Chick Web para a vocalista da banda, Ella Fitzgerald, que são retratadas em fotos pintadas de azul. Em outro local, há propagandas de jornais de 1929 para a gravação de Louis Armstrong, “Tight LikeThis”, ilustrada com uma foto de Satchmo em um traje elegante, com o texto saudando-o como “o maior trompetista do país”. É difícil, rapidamente, se arremessar através do belo livro porque há muitas imagens convincentes que  merece um olhar mais próximo, é um retrato público de uma jovem Etta James (tomado por um fotógrafo de Hollywood, John E. Reed) ou o selo de 78 r.p.m. de “Adam Bit The Apple”, gravado por Big Joe Turner pela Freedom Recording Co. de Houston, que usou a Estátua da Liberdade como parte dos seus gráficos.

Fonte: BOBBY REED (DownBeat)

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