
A agitação das correntes da bateria e percussão com toques
africanos, e sinuosidades das linhas do sintetizador na abertura composta por Kinsey,
“Owosso”, sugere a era de Black Market
do Weather Report. O mesmo deve ser dito sobre “West Orange” de Haslip, próxima,
que começa com passagens nos sintetizadores, tem o baixista apresentando linhas
no baixo como Jaco, e exibe impressionante trabalho solo de Steve Tavaglione no
sax soprano.
Arc Trio utiliza bem suas influências, porém,
majoritariamente sente-se como mais moderna fusion.
Isto é um elogio. “Viera”, chamado pela falecida mãe do porto-riquenho Haslip e
conduzido pelo convidado, peça de propulsão contagiante, o baterista Vinnie
Colaiuta, é construída por ritmos afro-cubanos, com passagens rápidas
inteiramente harmônicas e um diálogo contínuo entre todos os músicos ,
incluindo Tavaglione.
“I’m Hip”, coescrita por Haslip e Kinsey, é fundamentalmente
um extenso e acompanhamento improvisado descontraído com plenitude de campo
para improvisações do tecladista no sintetizador, piano elétrico e órgão, e Tavaglione
na flauta. E o encerramento “Goan Wanderer” com o baterista convidado Novak, é
uma mistura movimentada de fusion e
texturas de world-music, alcança,
através de um som longínquo, um vocal sem palavras. Como muito das outras
faixas aqui, é uma hipnótica mistura.
Faixas
1 Owosso 6:22
2 West Orange 5:13
3 Conchita 4:35
4 Viera 6:43
5 Joan Miró 4:24
6 Cedars 7:04
7 Sprite 4:25
8 Palo Alto 4:54
9 I'm Hip 5:51
10 Goan Wanderer 5:31
Fonte: PHILIP BOOTH (JazzTimes)
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