
Tal foco interior enlevado, tal quietude, é longamente
associada à estética da ECM. Se o produtor Manfred Eicher influenciou a
atmosfera do Trio Tapestry ou se
Lovano encontrou o selo correto para sua nova música seja, talvez, tão
importante. Nas notas para imprensa, Lovano diz que suas novas composições, “baseia-se
no processo de doze tons”. Em peças como “Seeds of Change”, “Tarassa” e
“Sparkle Lights” as fileiras dos tons estão iniciando pontos dos quais Lovano
flui diretamente para a emoção. Ele é conhecido por seu poder e sua riqueza de
ideias. Mas aqui, neste contexto de reserva, ele negocia com poucas ideias e
concentra-se, por esta razão, na essencialidade. É fascinante ouví-lo
desenvolver diversas melodias a partir dos passos das pedras de suas canções. Neste
trio despido, a beleza de sua lógica musical está exposta.
Crispell está estonteante neste álbum. O que , livremente,deriva
do “processo de doze-entonações” de cada canção é sempre um ato novo de imaginação,
e sempre encontra o lirismo enigmático. Ela tem “Piano/Drum Episode” quase para
a si mesma. Nos longos silêncios entre suas notas, o baixo da bateria de Castaldi
murmura fracamente, como um distante trovão.
O Trio Tapestry é
uma adição singular ao amplo e importante corpo do trabalho gravado de Joe
Lovano.
Faixas: One Time In; Seeds Of Change; Razzle Dazzle; Sparkle
Lights; Mystic; Piano/Drum Episode; Gong Episode; Rare Beauty; Spirit Lake;
Tarrassa; The Smiling Dog.
Músicos: Joe Lovano: saxofone tenor, tarogato, gongos; Marilyn Crispell: piano; Carmen Castaldi:
bateria, percussão.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: Thomas Conrad (JazzTimes)
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