Um aspecto interessante desta gravação relata o eminente
pianista Aaron Goldberg (Kurt Rosenwinkel, Joshua Redman) reunindo-se com o
baterista de vanguarda, Leon Parker em Paris. Nos anos 90, o artista foi contratado
para um trabalho, mas Goldberg foi inicialmente doutrinado por performances do
baterista com pianistas como Jacky Terrasson, Brad Mehldau e outros notáveis.
Porém, nas notas para imprensa, Parker migrou para a França em 2001 e adotou um
auto imposto período sabático para tocar. No alto da sua notoriedade, ele
abandonou a cena do jazz, embora este álbum propriamente reacende sua
metodologia personalizada e habilidade afiada para metamorfosear a bateria em
um instrumento improvisador no meio de diálogos loquazes e contrapartidas com Goldberg.
Oh, e ele está próximo de uma perfeição cronometrista.
Goldberg emergiu como uma grande força no jazz moderno. Ele domina
a velocidade como Art Tatum e a destreza, evidenciado por progressões de
acordes em redemoinho e blocos deslumbrantes harmônicos, enquanto, também,
integrando um toque de luz e temperança dentro de mais sensíveis marcas. Consequentemente,
o trio encaminha as festividades com Simon e "Poinciana" de Bernier
que foi a peça marcante de Ahmad Jamal. E é uma prazerosa interpretação, completa
com o corpo da cadência percussiva de Parker e vocalise que gera um pouco de
produção de contraponto da execução de Goldberg do tema principal. Porém,
através da ponte de Parker provoca uma via de cantos melódicos tribais como o
pianista grava uma melodia contagiante com notas gotejantes em registros mais
altos.
O trio atua com duas peças do vibrafonista Bobby Hutcherson,
"Isn't This My Sound Around Me" e "When You Are Near". Posteriormente,
a introdução ágil do baixista Matt Penman e escovinhas vigorosamente sutis de Parker
providenciam uma pulsação moderna para coincidir com balanço sutilmente
suingante de Goldberg e leve lirismo: ele dança através das teclas, instigadora
de blocos de acordes harmônicos e um ataque de baixo para cima e de cima para
baixo. Eles também interpretam "Effendi" de McCoy Tyner com um
balanço suingante em tempo médio e planam e iluminam o trabalho complementado
por sua engenharia reversa e chamada e resposta com breques de Parker, e
"Black Orpheus (Manhã de Carnaval)" serve como um forte veículo
composicional, conforme Goldberg reimagina uma melodiosa frase repetida. Não
apenas é bem viajado, Goldberg na margem do mundo, ele está também no topo do
jogo aqui.
Faixas: Poinciana; Luaty; Isn't This My Sound Around Me;
When You Are Near; Effendi; En La Orilla Del Mundo; Black Orpheus (Manhã de
Carnaval); Tokyo Dream.
Músicos: Aaron Goldberg: piano; Matt Penman: baixo; Leon
Parker: bateria, percussão vocal & embodirhythm.
Fonte: Glenn Astarita (JazzTimes)
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