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segunda-feira, 29 de julho de 2019

AARON GOLDBERG – AT THE EDGE OF THE WORLD (Sunnyside Records)


Um aspecto interessante desta gravação relata o eminente pianista Aaron Goldberg (Kurt Rosenwinkel, Joshua Redman) reunindo-se com o baterista de vanguarda, Leon Parker em Paris. Nos anos 90, o artista foi contratado para um trabalho, mas Goldberg foi inicialmente doutrinado por performances do baterista com pianistas como Jacky Terrasson, Brad Mehldau e outros notáveis. Porém, nas notas para imprensa, Parker migrou para a França em 2001 e adotou um auto imposto período sabático para tocar. No alto da sua notoriedade, ele abandonou a cena do jazz, embora este álbum propriamente reacende sua metodologia personalizada e habilidade afiada para metamorfosear a bateria em um instrumento improvisador no meio de diálogos loquazes e contrapartidas com Goldberg. Oh, e ele está próximo de uma perfeição cronometrista.

Goldberg emergiu como uma grande força no jazz moderno. Ele domina a velocidade como Art Tatum e a destreza, evidenciado por progressões de acordes em redemoinho e blocos deslumbrantes harmônicos, enquanto, também, integrando um toque de luz e temperança dentro de mais sensíveis marcas. Consequentemente, o trio encaminha as festividades com Simon e "Poinciana" de Bernier que foi a peça marcante de Ahmad Jamal. E é uma prazerosa interpretação, completa com o corpo da cadência percussiva de Parker e vocalise que gera um pouco de produção de contraponto da execução de Goldberg do tema principal. Porém, através da ponte de Parker provoca uma via de cantos melódicos tribais como o pianista grava uma melodia contagiante com notas gotejantes em registros mais altos.

O trio atua com duas peças do vibrafonista Bobby Hutcherson, "Isn't This My Sound Around Me" e "When You Are Near". Posteriormente, a introdução ágil do baixista Matt Penman e escovinhas vigorosamente sutis de Parker providenciam uma pulsação moderna para coincidir com balanço sutilmente suingante de Goldberg e leve lirismo: ele dança através das teclas, instigadora de blocos de acordes harmônicos e um ataque de baixo para cima e de cima para baixo. Eles também interpretam "Effendi" de McCoy Tyner com um balanço suingante em tempo médio e planam e iluminam o trabalho complementado por sua engenharia reversa e chamada e resposta com breques de Parker, e "Black Orpheus (Manhã de Carnaval)" serve como um forte veículo composicional, conforme Goldberg reimagina uma melodiosa frase repetida. Não apenas é bem viajado, Goldberg na margem do mundo, ele está também no topo do jogo aqui.

Faixas: Poinciana; Luaty; Isn't This My Sound Around Me; When You Are Near; Effendi; En La Orilla Del Mundo; Black Orpheus (Manhã de Carnaval); Tokyo Dream.

Músicos: Aaron Goldberg: piano; Matt Penman: baixo; Leon Parker: bateria, percussão vocal & embodirhythm.

Fonte: Glenn Astarita (JazzTimes)


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