Não há sentido em chamar “Turning Pages” de Claudia Acuña como
um retorno. Apenas nos dois anos passados, ela colaborou com pesos pesados como
Henry Threadgill, Susie Ibarra, Elio Villafranca e Billy Childs (cantando na
faixa título do álbum dele de 2017, “Rebirth”, uma canção baseada em uma
composição dela). Porém, este é o primeiro álbum da vocalista no Chile em uma
década após o lançamento anteriores de cinco amplamente aclamados CDs, projetos
que documentaram sua posição central na onda dos artistas latino americanos,
que trouxeram uma energia mais criativa para a cena de Nova York na virada do
século.
“Turning Pages” não é muito como um retorno como uma
reintrodução de uma artista, que está indo adiante, também, como uma
compositora. Trabalhando, proximamente ao mago das cordas, arranjador e
produtor colombiano, Juancho Herrera (cujos créditos incluem colaborações com Lila
Downs, Sofia Rei e Marta Gomez), ela compôs em parceria nove canções do álbum,
incluindo a graciosa, em estilo de evocação, “Aguita de Corazón” e o hino
celebrador “Hey”, ambas compostas com o pianista Ray Angry. As outras três
coautorias são com Herrera, mais memoravelmente “Futuro”, uma canção de amor
para seu filho.
Acompanhada
por um grupo de músicos chilenos, incluindo o inventivo percussionista Yayo Serkaand,
o tecladista Pablo Vergara, Acuña impregna as letras com emoção solta. Ela transforma
“But Beautiful” em uma potente brincadeira animada e oferece um tributo
cativante a Abbey Lincoln com uma versão firmemente espiralada da canção de Lincoln, “Bird Alone”.
Mais que um retorno à forma, “Turning Pages” parece abrir um novo capítulo para
Acuña, cuja nova música é uma aberta réplica para qualquer um que imaginou para
onde ela foi.
Faixas
1 Aguita de Corazón4:17
2 Hey3:19
3 ButBeautiful4:52
4 Los TresDeseos de Siempre4:11
5 Futuro3:56
6 Bird
Alone5:07
7 Silencio5:29
8 Home3:12
9 Tu Sonrisa3:29
Fonte: Andrew Gilbert (JazzTimes)
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