O músico brasileiro Pedro Martins tem 25 anos, mas seu som
emana de algum lugar muito além do passado. Aclamado pelo selo do líder Kurt
Rosenwinkel em 2015 como a próxima grande atarção do Montreux Jazz Festival, Martins, aqui, mistura gêneros e cordas
dentro de uma curiosa influência de jazz e alma new-age, apresentando ataques
de percussão de índigenas brasileiros e moderno pop eletrificado.
“Esqueça” tem um generoso apelo, o balanço de Martins, vocais
digitais evocando a banda indie Grizzly Bear com passagens melancólicas
e uma saborosa aplicação de cordas. As melodias de Martins, às vezes, são um
sólido seguimento, um entrelaçamento e desligando a batida e twisting and
turning off the fendas espertas, que solucionam caminhos inesperados. Sua
música proximamente evoca o trabalho de outro músico brasileiro subapreciado,
Arthur Verocai. Talvez seja o português. Talvez sejam vibrações quase disco,
que surfam de tempo em tempo.
Ainda que Martins tenha gravado a maioria dos instrumentos
do álbum, ele se reuniu a poucos notáveis músicos, incluindo o saxofonista
Chris Potter em “Faces” e o pianista Brad Mehldau, que surge em “Origem”, sacudindo
através do teclado, insofismável em vigor e confiança. Uma benvinda adição.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Faixas: Esqueça; Faces; Nova Maneira; K7 Dreams; Horizonte;
Vida; B Side; Nao Me Diga Nao; Verdade; Venus 13; Origem; Sertão Profundo; Quem
Eu Sou. (64:53)
Músicos: Pedro Martins, guitarra, piano, sintetizadores, bateria,
baixo, percussão, flauta; Kurt Rosenwinkel, guitarra; Brad Mehldau, piano;
Chris Potter, saxofone tenor; Kyle Crane, bateria; Frederico Heliodoro, baixo.
Fonte: Sean J. O’Connell (DownBeat)
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