
Parte da fascinação vem da sua orquestração. A linha de
frente consiste em Oskar Stenmark no trompete e Eitan Gofman e Jeremy Powel no
saxofone tenor/flauta, que participa no clarinete baixo e saxofone soprano,
respectivamente. Carvalho explora os instrumentos de sopro em singular mistura
de sons, como na abertura de “Prelude” (que é atualmente uma peça completa), onde
eles entram em camadas. A seção rítmica é completada pelo guitarrista André
Matos e pelo baterista Rodrigo Recabarren, que frequentemente se entrelaçam em
afiados acompanhamentos improvisados, que os instrumentos de sopro cuidam de
ignorar até que o escrito traz cada um junto, frequentemente em nova assinatura.
Matos aproxima-se de violento rock progressivo em “The Forlorn Mill”. Carvalho
tipicamente trabalha como uma âncora, permanecendo ao fundo. Quando o baixista toma
um solo lânguido em “Dracaena Draco”, ele toca em um modo tranquilo, com uma
narrativa de qualidade similar a Charlie Haden.
Garden alterna entre os trabalhos completamente compostos e
isto deixa campo para improvisação. “Evil Parade” tem Stenmark e Powell atacando
em 5/4 e 6/8. “The Thinker in the Tavern” vem mais próximo de imaginar Bosch como
uma paisagem sonora, com uma fanfarra de um rebobinamento de uma fita analógica,
introduzindo uma melodia meditativa, que soa empenada e abrandada para metade
da velocidade. Embora, o último quarto do álbum sugira a intensidade do álbum,
que nós estamos indo para o apocalipse, o suave clarinete baixo e o trompete em
“Phowa” encerram os procedimentos como uma canção de ninar ao final da jornada.
Faixas: Prelude; The Fools Of Venus; The Fountain; Dracaena
Draco; Of Mermaids And Mermen; Cherries, Brambles And Strawberries; The Towers
Of Eden; Evil Parade; The Thinker In The Tavern; The Forlorn Mill; Phowa.
Músicos: Oskar Stenmark: trompete, flugelhorn; Eitan Gofman:
saxofone tenor (2, 4, 5, 10), flauta (3, 4), clarinete baixo (1, 7, 11); Jeremy
Powell: saxofone soprano (1, 2, 4, 5, 10), saxofone tenor (6, 8, 11), flauta
(5); André Matos: guitarra; André Carvalho: baixo, papel enrugado (9); Rodrigo
Recabarren: bateria, percussão, bomba
legüero.
Fonte: MIKE SHANLEY (JazzTimes)
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