
Um exemplo marcante: A despeito da presença de Jack
DeJohnette, Peter Erskine, Omar Hakim e Simon Phillips, “Rainbow Gravity” contém,
precisamente, um solo de bateria. É de Erskine, a dois terços do caminho em “The
Sanguine Penguin”, e não é um desenfreado festival de estrondos, mas um balanço
mais escrupuloso, composto tão cuidadosamente quanto complexo, mas
impecavelmente fraseado em torno da melodia. Mesmo “Dark Pools” e “Symbol
Bells”, duetos entre Petito e DeJohnette, evitam pirotecnias para o fim de
texturas de ambientes frios.
O restante do álbum segue o ritmo. Previsivelmente, Petito tem
o mais longo espaço em termos do espaço do solo, embora seu baixo piccolo possa
ser confundido com a guitarra de David Spinozza. Também não surpreende, entretanto,
que o compositor do álbum é o mais aderente a escrever os parâmetros, navegando
na sinuosidade melódica e curvas harmônicas de “The Sequence of Events” com uma
beleza amadeirada (Para seu crédito, de qualquer modo, Petito faz o mesmo com
linhas sem inquietação em sua interpretação de “Lawns” de Carla Bley). O vibrafonista
Mike Mainieri providencia o pior momento —em “A Balsamic Reduction”—porém,
igualmente, isto é uma inspeção próxima de um modelo de graça melódica.
Se as composições de Petito são impressionantes para o
controle que elas efetuam, que também são formidáveis para suas próprias
finalidades. Há uma vibração como a de Prince para o funk de “Sly-Fi”, enquanto “A Balsamic Reduction” e a faixa título
têm um apelo de doçura. Mesmo as polirritmias africanas de “Masika” mostram Petito
dominando uma delicadeza, que é um curto suprimento do universo fusion.
Faixas
1 Sly-Fi 7:16
2 The Sequence of Events 6:05
3 A Balsamic Reduction 7:01
4 The Sanguine Penguin 6:25
5 Masika 6:14
6 Dark Pools (apresentando Jack DeJohnette) 6:08
7 Rainbow Gravity 7:26
8 Helicon (apresentando Jack DeJohnette, David Sancious
& Chris Pasin) 6:11
9 Lawns 5:45
10 Symbol Bells (apresentando Jack DeJohnette) 3:58
Fonte: MICHAEL J. WEST (JazzTimes)
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