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sexta-feira, 9 de agosto de 2019

TOM HARRELL – INFINITY (HighNote)


Um trabalho espiritualmente poderoso ilumina Tom Harrell, mas isto não significa que haja qualquer coisa pretenciosa ou dogmática rolando. Um irrepreensível senso de interpretação também abunda; o trompetista/flugelhornista Harrell soa encantado pela sua pesquisa musical e extasiado pelo que ele descobre. “The Fast”, a abertura do trabalho, poderia ter sido facilmente intitulada como “The Feast – NT: A Festa”— é um genuíno banquete de inspiração, impulsionado por condução de movimento reminiscente da era de Coltrane, Africa/Metal (o toque da bateria de Johnathan Blake lembra Elvin Jones, acentuando o sentimento). O trabalho solo de Harrell invoca rapidez, precisão e foco ao lado de um profundo melodismo e segurança tonal; o saxofonista Mark Turner e o guitarrista Charles Altura, mesmo quando eles desaceleram, não são menos rigorosos em seus fluxos imaginativos, e os timbres deles são igualmente corretos, ainda que flexíveis e expressivos.

Uma miríade de humores e referências enriquecem o trabalho, desde o toque celta de “Dublin” e “The Isle”, desde a mescla de imponência e exuberância improvisadora em “Coronation” à intensa destreza postbop de tais ofertas como em “Blue” e “Ground”. “Taurus”, o número conclusivo, parece encapsular e sumarizar os presentes que Harrell compartilha conosco, com o seu trompete surdinado saltando com precisão, destreza e brio, seus solos, assim, logicamente construídos pode levar alguém a acreditar que ele seria capaz de imaginar, completamente, cada nota, cada sucessão delas, cada manifesto em sua inteireza, antes de tocá-las.

Faixas

1 The Fast 6:38                 
2 Dublin 9:40                    
3 Hope 7:30                       
4 Coronation 6:56                           
5 Folk Song 6:03                              
6 Blue 5:40                        
7 Ground 7:18                  
8 The Isle 8:25                  
9 Duet 1:41                        
10 Taurus 6:01
                              
Fonte: DAVID WHITEIS (JazzTimes)

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