Um trabalho espiritualmente poderoso ilumina Tom Harrell,
mas isto não significa que haja qualquer coisa pretenciosa ou dogmática
rolando. Um irrepreensível senso de interpretação também abunda; o trompetista/flugelhornista
Harrell soa encantado pela sua pesquisa musical e extasiado pelo que ele
descobre. “The Fast”, a abertura do trabalho, poderia ter sido facilmente
intitulada como “The Feast – NT: A Festa”— é um genuíno banquete de inspiração,
impulsionado por condução de movimento reminiscente da era de Coltrane, Africa/Metal (o toque da bateria de Johnathan
Blake lembra Elvin Jones, acentuando o sentimento). O trabalho solo de Harrell invoca
rapidez, precisão e foco ao lado de um profundo melodismo e segurança tonal; o saxofonista
Mark Turner e o guitarrista Charles Altura, mesmo quando eles desaceleram, não
são menos rigorosos em seus fluxos imaginativos, e os timbres deles são
igualmente corretos, ainda que flexíveis e expressivos.
Uma miríade de humores e referências enriquecem o trabalho, desde
o toque celta de “Dublin” e “The Isle”, desde a mescla de imponência e
exuberância improvisadora em “Coronation” à intensa destreza postbop de tais ofertas como em “Blue” e
“Ground”. “Taurus”, o número conclusivo, parece encapsular e sumarizar os
presentes que Harrell compartilha conosco, com o seu trompete surdinado saltando
com precisão, destreza e brio, seus solos, assim, logicamente construídos pode
levar alguém a acreditar que ele seria capaz de imaginar, completamente, cada
nota, cada sucessão delas, cada manifesto em sua inteireza, antes de tocá-las.
Faixas
1 The Fast 6:38
2 Dublin 9:40
3 Hope 7:30
4 Coronation 6:56
5 Folk Song 6:03
6 Blue 5:40
7 Ground 7:18
8 The Isle 8:25
9 Duet 1:41
10 Taurus 6:01
Fonte: DAVID WHITEIS (JazzTimes)
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