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terça-feira, 10 de setembro de 2019

DIEGO RIVERA – CONNECTIONS (Posi-Tone)


Estilo estranho, é a melhor coisa do terceiro álbum de Diego Rivera, “Connections”, que tem a amplitude que nós não ouvimos nele. Não que haja qualquer coisa em falta naquilo que ele faz, como seu toque é cuidadosamente fraseado e belamente nuançado, com uma linha de senso melódico vocalizado. Nas ocasiões quando seu tenor assume a liderança, fala com persuasiva confiança, trazendo uma riqueza de sentimento de jazz valseado em “Mother’s Nature”.

Porém, Rivera não toma, frequentemente, a liderança, preferindo, em vez disto, submergir seu som na banda, e isto, definitivamente, favorece o álbum. Por uma coisa, uma música hard bop como “Connections” constrói uma melhor pressão através da sua exposição harmonizada de três instrumentos de sopro, assegurando melodioso solo de tenor de Rivera, que praticamente explode a cabeça. Do mesmo modo, as vozes entrelaçadas em “Passion Dance” de McCoy Tyner sobrecarrega o balanço, enquanto a joia de Coltrane, “Naima”, é expandida para um arranjo de uma mini-big-band, com um ligeiro tratamento lento, que faz seu familiar sentimento contido, animadoramente novo.

A abordagem da banda de Rivera, generosamente, cede espaço para outros solistas, que faz o álbum soar maior. O trombonista Michael Dease exerce o papel de grande suporte aqui, e está perfeitamente ajustado, tal como sua inclinação para o bop, duplas lambidelas nas 16ª notas realizam um grande contraste contra o enfoque medido e mais melódico de Rivera, especialmente nos comoventes números em tempo médio como em “Love (Your Spell Is Everywhere) ”. O trompetista Joe Magnarelli tem uma passagem maravilhosamente lírica em “Passion Dance”, o solo do baixista Endea Owens em “Shade of the Cedar Tree” mantém o comando mesmo quando os instrumentos de sopro oferecem uma contra linha harmonizada, e a saxofonista barítono Lauren Sevian rouba o espetáculo com seu solo tempestuoso em “Naima”.

Como o título sugere, este álbum é, basicamente, sobre connections (conexões) para mentores, instrumentistas companheiros e para a própria tradição do jazz. Este Rivera é capaz de realizar esta ideia assim, distintamente, e é mais a marca de um líder do que qualquer número de solos.

Faixas

1 Connections 4:11                        
2 Ties That Bind 4:57                     
3 Passion Dance 5:18                    
4 Seiko Time 5:03                           
5 Love (Your Spell Is Everywhere) 3:22                 
6 Nueva York 4:15                          
7 Mother's Nature 4:06                
8 Naima 5:00                    
9 O Moderno 4:57                          
10 Shade Of The Cedar Tree 5:57                            
11 Changing Directions 4:31       

Fonte: J.D. CONSIDINE (JazzTimes)

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