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domingo, 29 de setembro de 2019

DUDUKA DA FONSECA & HÉLIO ALVES FEATURING MAUCHA ADNET – SAMBA JAZZ & TOM JOBIM (Sunnyside Records)


Duduka Da Fonseca & Hélio Alves vêm apresentando Maucha Adnet: Samba Jazz & Tom Jobim desde 2007, o baterista Duduka Da Fonseca, o pianista Hélio Alves e a vocalista Maucha Adnet têm se apresentando com titulares de um programa no Dizzy's Club Coca Cola, em Nova York, do Jazz at Lincoln Center, e outros espaços através do mundo. Um conceito estabelece mergulho na história personalizada de séries variadas—Da Fonseca, absorvendo seu estilo híbrido com suporte dos mestres do Brasil; Adnet e Da Fonseca, trabalhando com o falecido Antônio Carlos Jobim; Alves e Da Fonseca, tocando juntos em banda na cidade de Nova York por mais de um quarto de século— é um espetáculo que nunca falha para impressionar e inspirar.

Movendo-se confortavelmente através de um repertório com inéditas, composições de Jobim deliciosas e espécies raramente ouvidas, e uma ou duas atípicas, esta banda exalta as virtudes de cruzamentos estilísticos onde opera tão habilmente. "Gemini Man" de Claudio Roditi serve como um condimentado ponto para salto, com Da Fonseca, Alves e o baixista Hans Glawischnig disparam toda a munição, enquanto o guitarrista Romero Lubambo e o compositor da canção ocupam a luz dos holofotes. Então, como se indicasse o amplo escopo para a linha de frente, a transmutação de Da Fonseca em "Alana" e "Untitled" de Alves seguem a sangue-frio.

O baião suingante de Jobim, "Pato Preto", serve como a cena para a primeira aparição de Adnet e, salvo pela intimista "I Loves You, Porgy", que fecha o álbum, todas das suas subsequentes contribuições são também filtradas através deste trabalho de mestre. Esta lista de canções, que inclui uma belamente alegre "Dindi", a fascinante e relaxante "A Correnteza", a suave e melodiosa "Você Vai Ver" e a viva, incrementada pelo Rhodes, "Polo Pony" providencia muitos dos destaques deste programa.

Há muito a apreciar sobre o caminho destas diferentes personalidades, que mistura e balança cada um através do outro, mas há apenas muito para admirar na expressão (ões) do individual (is). Isto é evidente se nós estamos falando sobre o comando de Alves, toque singular e balanço de Da Fonseca ou o fascinante vocal de Adnet. E não podemos esquecer a graça de Lubambo, o fundamental Glawischnig, a versatilidade do multi-instrumentista de instrumento de palhetas Billy Drewes e alguns toques animados de trompetistas convidados—os referenciados Roditi e Wynton Marsalis. Não há ainda substituto para a observação desta banda ao vivo— como este resenhista pode atestar, tendo o prazer maior do que em outra ocasião—mas esta é uma bela blasfêmia para o final.

Faixas: Gemini Man; Alana; Untitled; Pato Preto; Dindi; A Correnteza; Pedra Bonita Da Gávea; Helium; Você Vai Ver; Polo Pony; A Vontade Mesmo; I Loves You Porgy.

Músicos Billy Drewes: saxofones (2, 3, 6), flauta (, 9, 10, 12); Romero Lubambo: guitarras (1, 2, 5, 9-11); Hans Glawischnig: baixo; Maucha Adnet: vocal (4-6, 9, 10, 12); Hélio Alves: piano, Rhodes; Duduka Da Donseca: bateria.

Fonte: Dan Bilawsky (AllAboutJazz)

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