playlist Music

sábado, 7 de setembro de 2019

PAUL BLEY / GARY PEACOCK / PAUL MOTIAN - WHEN WILL THE BLUES LEAVE (ECM Records)


Créditos do álbum podem falar em vários volumes, não apenas sobre quem toca na gravação, mas como o peso da criação artística é dividida com os artistas. Em “When Will the Blues Leave”, capturada em um concerto ao vivo em 1999 na Aula Magna di Trevano na Suíca, um projeto similar de Paul Bley, Gary Peacock e Paul Motian com iguais contribuições com as quais cada músico interpreta em configurações de grupos com geometria sonora. A partir do momento da ação das leves baquetas de Motian através do seu equipamento como um dançarino de tango no começo de “Mazatlan” de Bley, estimulando seus companheiros a uma atividade como dervish, as dinâmicas são estabelecidas pela música mutante do trio.

Esta música pode sentir-se orgânica e pulsante, constantemente desenvolvendo-se como um tópico principal, mas também rígida e fortemente definida como um hipercubo ou estampa litografada de M.C. Escher. O grupo alcança o cúmulo do seu estado em “Moor”, uma inédita de Peacock que observa cada tentativa de ampliar a melodia e cadência dentro de abstrações diferentes e paralelas. Na faixa título (uma composição de Ornette Coleman), o piano de Bley efetivamente assume uma espiralada, quase ilusória propriedade, conforme suas mãos sobem e descem no teclado.

“When Will the Blues Leave” é intenso no som e na performance, como Bley, Peacock e Motian coletivamente improvisam em formas vertiginosas, texturas e ideias melódicas em cada uma das oito faixas. De qualquer modo, tais amostras nem sempre se fiam em aeróbica. Os três comprometem-se no impressionismo baladeiro de Bley em faixas como “Longer” e “Dialogue Amour”. Então em números como “Told You So” e “I Loves You, Porgy”, a seção rítmica desvanecem quase completamente, permitindo ao pianista perambular através das teclas em seu próprio passo, meditando em humores e timbres tão extensos quanto ele quer. Nestes momentos, Peacock e Motian exibem como moderar, mesmo mais com habilidade técnica, que podem fortalecer uma visão musical coletiva.

Faixas: Mazatlan; Flame; Told You So; Moor; Longer; Dialogue Amour; When Will The Blues Leave; I Loves You, Porgy.

Músicos: Paul Bley: piano; Gary Peacock: baixo; Paul Motian: bateria.

Fonte: JACKSON SINNENBERG (JazzTimes)

Nenhum comentário: