Créditos do álbum podem falar em vários volumes, não apenas
sobre quem toca na gravação, mas como o peso da criação artística é dividida
com os artistas. Em “When Will the Blues Leave”, capturada em um concerto ao
vivo em 1999 na Aula Magna di Trevano
na Suíca, um projeto similar de Paul Bley, Gary Peacock e Paul Motian com
iguais contribuições com as quais cada músico interpreta em configurações de
grupos com geometria sonora. A partir do momento da ação das leves baquetas de Motian
através do seu equipamento como um dançarino de tango no começo de “Mazatlan”
de Bley, estimulando seus companheiros a uma atividade como dervish, as dinâmicas são estabelecidas
pela música mutante do trio.
Esta música pode sentir-se orgânica e pulsante, constantemente
desenvolvendo-se como um tópico principal, mas também rígida e fortemente
definida como um hipercubo ou estampa litografada de M.C. Escher. O grupo alcança
o cúmulo do seu estado em “Moor”, uma inédita de Peacock que observa cada
tentativa de ampliar a melodia e cadência dentro de abstrações diferentes e
paralelas. Na faixa título (uma composição de Ornette Coleman), o piano de Bley
efetivamente assume uma espiralada, quase ilusória propriedade, conforme suas
mãos sobem e descem no teclado.
“When Will the Blues Leave” é intenso no som e na performance,
como Bley, Peacock e Motian coletivamente improvisam em formas vertiginosas,
texturas e ideias melódicas em cada uma das oito faixas. De qualquer modo, tais
amostras nem sempre se fiam em aeróbica. Os três comprometem-se no
impressionismo baladeiro de Bley em faixas como “Longer” e “Dialogue Amour”. Então
em números como “Told You So” e “I Loves You, Porgy”, a seção rítmica desvanecem
quase completamente, permitindo ao pianista perambular através das teclas em
seu próprio passo, meditando em humores e timbres tão extensos quanto ele quer.
Nestes momentos, Peacock e Motian exibem como moderar, mesmo mais com
habilidade técnica, que podem fortalecer uma visão musical coletiva.
Faixas: Mazatlan; Flame; Told You So; Moor; Longer; Dialogue
Amour; When Will The Blues Leave; I Loves You, Porgy.
Músicos: Paul Bley: piano; Gary Peacock: baixo; Paul Motian:
bateria.
Fonte: JACKSON SINNENBERG (JazzTimes)
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