
Esta música pode sentir-se orgânica e pulsante, constantemente
desenvolvendo-se como um tópico principal, mas também rígida e fortemente
definida como um hipercubo ou estampa litografada de M.C. Escher. O grupo alcança
o cúmulo do seu estado em “Moor”, uma inédita de Peacock que observa cada
tentativa de ampliar a melodia e cadência dentro de abstrações diferentes e
paralelas. Na faixa título (uma composição de Ornette Coleman), o piano de Bley
efetivamente assume uma espiralada, quase ilusória propriedade, conforme suas
mãos sobem e descem no teclado.
“When Will the Blues Leave” é intenso no som e na performance,
como Bley, Peacock e Motian coletivamente improvisam em formas vertiginosas,
texturas e ideias melódicas em cada uma das oito faixas. De qualquer modo, tais
amostras nem sempre se fiam em aeróbica. Os três comprometem-se no
impressionismo baladeiro de Bley em faixas como “Longer” e “Dialogue Amour”. Então
em números como “Told You So” e “I Loves You, Porgy”, a seção rítmica desvanecem
quase completamente, permitindo ao pianista perambular através das teclas em
seu próprio passo, meditando em humores e timbres tão extensos quanto ele quer.
Nestes momentos, Peacock e Motian exibem como moderar, mesmo mais com
habilidade técnica, que podem fortalecer uma visão musical coletiva.
Faixas: Mazatlan; Flame; Told You So; Moor; Longer; Dialogue
Amour; When Will The Blues Leave; I Loves You, Porgy.
Músicos: Paul Bley: piano; Gary Peacock: baixo; Paul Motian:
bateria.
Fonte: JACKSON SINNENBERG (JazzTimes)
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