
O saxofonista alto,
Miguel Zenón, cujas frases entalham com arestas afinadas, é apresentado
plenamente em sua excursão final com o coletivo que ele ajudou a lançar em 2004,
porém apenas são sete outros membros, cada um com iluminados fragmentos, que utilizam
suas distinções. A leitura da banda para memoráveis melodias de Antônio Carlos
Jobim são virtuosas, como são sós ou em interações intergrupos. Mesmo assim, como
uma experiência continua de audição é um pouco demais. As 20 faixas percorrem
mais de duas horas, com o grupo completo quase sempre completamente engajado.
Reflexão ou repouso são raros, novas ideias proliferam e o foco é difuso. Tratando
“Waters Of March” como um canto cubano e a percussão é recente, mas serve à
canção? “One Note Samba” é salientada pela desconstrução de polifonias e
rítmicas do arranjo, mas por que termina?
Por definição, SFJAZZ Collective é uma banda
espetáculo. Projeta altas performances de standards,
tão bem quanto uma equipe de trabalho, promovendo ambições pessoais, tão bem
quanto uma inclusão pan-cultural. As performances são emocionantes, mas como
uma gravação, deve ser melhor apreciar poucas faixas a cada vez.
Faixas: Disco Um:
Waters Of March; One Note Samba; Retrato Em Branco E Preto; The Girl From
Ipanema; Garoto; Inútil Paisagem; Corcovado; Chega De Saudade; A Felicidade;
How Insensitive; Amparo (Olha Maria); Ligia. Disco Dois: Insight; MZ’s World;
Variations; Infinito; Another Side; Unseen Worlds; It Takes A Village; Sketch.
(67:36/60:11)
Personnel: Miguel
Zenón, saxofone alto; David Sánchez, saxofone tenor; Etienne Charles, trompete;
Robin Eubanks, trombone; Warren Wolf, vibrafone; Edward Simon, piano; Matt
Brewer, baixo; Obed Calvaire, bateria.
Para conhecer um
pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:
Fonte: Howard Mandel
(DownBeat)
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