“Time Gone Out” revela como uma amizade musical de 25 anos
pode inspirar algumas conversações musicais. A pianista Sylvie Courvoisier e o violinista
Mark Feldman primeiro cruzaram seus caminhos em 1994, gravando seus álbuns
poucos anos mais tarde. Juntos eles revelam um amplo conjunto de influências.
Feldman toca com uma clareza de virtuoso clássico, que pode parar em um
instante dentro de improvisação livre. A técnica de Courvoisier é também
impressionante, como improvisadora ela puxa um final discreto e estrondoso
lirismo em registro alto, frequentemente em simultaneidade.
Cinco das oito faixas nesta sessão de estúdio são creditados
aos instrumentistas, assim, presumivelmente, eles foram inventores espontâneos.
Porém, sem observar os créditos, os ouvintes seriam firmemente pressionados
para distingui-los dos outros três lançamentos (“Éclats for Ornette” de
Courvoisier apareceu em “D’agala”, um álbum de trio de 2018). Pausas entre
algumas faixas são minimalistas e frequentemente dura menos que passagens
dinâmicas durante a música em si.
“Time Gone Out”, creditado exclusivamente a Courvoisier, apresenta
um tema recorrente que inspira uma série de vinhetas, incluindo duetos
melancólicos. Ao longo do trabalho inteiro, o som lamentoso em alto registro de
Feldman soa tão rico quanto exclamações de médio alcance ou seus ruídos
harmônicos. Do mesmo modo, a performance de Courvoisier é fascinante, se ela
está martelando acordes ou alcançando seu instrumento para adicionar efeitos
percussivos. Ela emprega ampla técnica na faixa de abertura, “Homesick for
Another World”, uma entonação divertida, que equilibra os mais intensos
momentos do álbum.
Faixas: Homesick for Another World; Éclats for Ornette;
Limits of the Useful; Blindspot; Time Gone Out; Cryptoporticus; Not a Song,
Other Songs; Blue Pearl.
Músicos: Sylvie Courvoisier: piano; Mark Feldman: violino.
Fonte: MIKE SHANLEY (JazzTimes)
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