
Porém, a morbidez
pode se sobrepor. Alguns títulos de canções, como “She Needed A Hero, So That’s
What She Became”, sugere elevação; em vez disto uma tristeza impiedosa,
amplificada pelo ferveroso solo soprano de Coss. “Females Are Strong As Hell” é
a gravação mais rápida e mais suingante. Porém, o guitarrista Alex Wintz e Coss
simplesmente aplicam trocas incendiárias, ainda que desprezíveis, improvisações
com interpolações com a bateria por um igualmente anguloso Jimmy Macbride. Porém,
este é o ponto. “The Future Is Female” é um manifesto musical para o movimento #MeToo—nem é um tópico risonho. Realmente,
a faixa chamada “#MeToo” é talvez a mais sofrida do álbum, o clarinete baixo de
Coss retratando cansaço.
A esperança, entretanto,
chega nas últimas três faixas. “Feminist AF” é não menos determinada ou
agressiva que as suas predecessoras, mas apresenta uma infusão de blues. “Nasty
Women Grab Back” deve ser descrita como melancolicamente divertida, e em “Ode
To A Generation” o clarinetista baixo, Lucas Pino, projeta otimismo cauteloso.
“The Future Is Female”
é a marca de referência na carreira florescente de Coss; embora seja
provavelmente fora do comum, a longo prazo em sua discografia, poucas gravações
de jazz plenamente capturam seus momentos.
Faixas: Nevertheless,
She Persisted; Little Did She Know; She Needed A Hero, So That’s What She
Became; Females Are Strong As Hell; Mr. President; #MeToo; Choices; Feminist
AF; Nasty Women Grab Back; Ode To A Generation. (50:22)
Músicos: Roxy Coss,
saxofones, clarinete baixo; Alex Wintz, guitarra; Miki Yamanaka, piano; Rick
Rosato, baixo; Jimmy Macbride, bateria; Lucas Pino, clarinete baixo (10).
Fonte: Michael J.
West (DownBeat)
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