O título “Oneness (NT : Unidade) ” e o símbolo circular das
serpentes engolfando sua cauda na capa sugerem o ciclo infinito da recriação da
natureza. Com aproximadamente 2 ½ horas de música, o trabalho deve ser melhor
descrito como 33 conversações sobre uma alguma coisa. O saxofonista e pianista têm
destilado a abordagem deles na música neste simples ato de comunhão. É como se
a dupla estivesse repetindo o mesmo mantra ao longo do trabalho. Evidência
disto é o uso de números em vez dos títulos das músicas de cada faixa, como o
último trabalho do pintor Jackson Pollock (numerado). Seguro, eles foram todos
criados no mesmo gotejamento da maneira de pintar. Pollock esteve na mesma
conversação sobre apenas uma coisa, e também sobre todas coisas.
O toque que apresenta “Oneness” neste diálogo é que está sem
agressão. Perelman trabalha sua marca em registro alto e, do mesmo modo, Shipp explora
sua (agora) linguagem característica ao piano, estendendo conceitos de música
de câmara e jazz. Os intercâmbios improvisados entre piano e saxofone (a música
foi toda improvisada no estúdio) não exibe alusão à indecisão. As 33 faixas são
breves (em termos de free jazz) e
talvez o trabalho mais simpático de um duo improvisado no (tragar) a história
do jazz.
Faixas: (CD1) Part 1; Part 2; Part 3; Part 4; Part 5; Part
6; Part 7; Part 8; Part 9; Part 10; Part 11; (CD2) Part 1; Part 2; Part 3; Part
4; Part 5; Part 6; Part 7; Part 8; Part 9; Part 10; (CD3) Part 1; Part 2; Part
3; Part 4; Part 5; Part 6; Part 7; Part 8; Part 9; Part 10; Part 11; Part 12.
Músicos: Ivo Perelman: saxofone tenor; Matthew Shipp: piano.
Fonte: Mark Corroto (AllAboutJazz)
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