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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

MASSIMILIANO MILESI - OOFTH (Auand)


O álbum é denominado para uma novela de ficção científica envolvendo cinco cubos dimensionais e o tempo de viagem, e a arte da capa apresenta os músicos usando capacetes que sugerem que eles estão, igualmente, se preparando para um rally de motocicleta em 2049 ou a zombeteira Daft Punk. Porém, a música em “Oofth”, a estreia da gravação do quarteto do saxofonista tenor italiano, Massimiliano Milesi, é muito mais do presente. Com Emanuele Maniscalco no Wurlitzer piano elétrico e sintetizadores, Giacomo Papetti no baixo elétrico e Filippo Sala na bateria, Milesi atua no campo da acústica e do elétrico e no jazz e rock.

A despeito da postura futurista, as sete faixas em “Oofth” não são estilisticamente diferentes do que muitos dos pares de Milesi estão fazendo nestes dias. A estética das cores eletrônica e batidas são derivadas da moderna música para dança. Um sintetizador borbulha e um resplendor de barulhos pálidos em cascatas sobre “Doppler” após sua inocente canção de ninar interromper abruptamente. Bandas de Krautrock estavam fazendo isto há 50 anos atrás, em torno do mesmo tempo de Miles Davis esteve fazendo um jazz seguro para distorcer pianos elétricos. Porém, se a estética de Milesi não é inovadora tanto quanto sugerem os adornos do álbum, ele apresenta sua visão.

Estas sete canções são destinadas ao cérebro e aos pés, não ao coração. Elas não impactam emocionalmente, mas elas são sonoramente interessantes. “I Have No Words”— uma música realmente interessante, com inesperados acordes em tom menor e uma estrutura intensa—contrasta a bateria saltitante com as lânguidas linhas do sax. “Redshift” constrói-se como uma grande e lenta canção de rock e “Tibbish Tizzp”—impulsionada por uma vigorosa linha do baixo e palpitações da bateria— corridas ao lado de uma mistura do moderno heavy metal e o início da fusion. “Ifth” é uma viagem mais leve, mais doce, mas não sentimental (certamente não com sua murmurante ausência de toques eletrificados) e “The Slide Rock-Bolter” tem toque de rock dos anos 80, sua guitarra baixo inicia relembrado o sucesso do Icicle Works, “Birds Fly (Whisper to a Scream)”. O toque de Milesi está adorável ao longo do trabalho, ainda que ele esteja majoritariamente contido, assim é bastante cedo para dizer se ele está desenvolvendo uma voz para seguir com sua visão. Porém, ele está longe de ter um começo promissor.

Faixas

1 I Have No Words 7:16
2 Bad Goat 6:15
3 The Slide-Rock Bolter 5:44
4 Ifth 6:01
5 Redshift 6:03
6 Tibbish Tizzp  5:55
7 Doppler 4:50

Músicos: Giacomo Papetti (baixo); Massimiliano Milesi (saxofone tenor); Filippo Sala (bateria); Emanuele Maniscalco (piano elétrico, sintetizadores)

Fonte: STEVE GREENLEE (JazzTimes)

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