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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

OMAR SOSA & NDR BIGBAND - ES:SENSUAL (Otá)


“Es:sensual” não é  o primeiro encontro do pianista e compositor cubano ,Omar Sosa, com a orquestra alemã NDR Bigband, ou com o multitarefeiro Jaques Morelenbaum. Em 2010, as mesmas três forças juntaram-se para “Ceremony”, que JazzTimes chamou em resenha “um inventivo e recompensador projeto [que] estende a tradição das orquestras Afro-Cubanas, conforme estabelecido por pioneiros como Machito, Dizzy, Chico O’Farrill e Mario Bauzá”.

“Es:sensual” expande esta extensão; não é muito um acompanhamento como reinício. Sosa revela-se na grandeza de uma banda a sua disposição, e em Morelenbaum, celebrado arranjador, maestro, músico e compositor, e ele encontrou um parceiro simpático, alguém cujo trabalho próprio com pessoas como Jobim, Gilberto Gil e outras estrelas brasileiras lhe deram muitas oportunidades para atuar dentro de um formato de big-band.

O material é extraído principalmente de lançamentos anteriores de Sosa, alcançando o material de duas décadas atrás para sua gravação “Free Roots” tão bem quanto recentes lançamentos. Morelenbaum e Sosa deleitam-se com seus arranjos, e há plenitude neste campo, particularmente com um programa aperfeiçoado. “Glu-Glu”, ouvido anteriormente em “Across the Divide: A Tale of Rhythm and Ancestry” de Sosa em 2009, é totalmente transformado em uma firme placa de uma funkeada fusion afro-latina dentro de uma bacanal com atraentes instrumentos de sopro, frenética percussão e, claro, o piano de Sosa impulsionando febrilmente. “Angustiado”, 13 minutos de fluxo livre soprando, percorre mundos inteiros, alternando entre arranjos densos e estruturados, sax com erupções excitantes e um piano percussivo maníaco, uma gloriosa mistura de benevolência polirrítmica.

A primeira metade do programa, por qualquer razão, é mais restrita, ainda que completamente prazerosa. Músicas como “Reposo” e “My Three Notes” enfatizam um lado mais temperado de colaboração, revisitado no final do álbum em “Sad Meeting”, algo deste afazer comemorativo, mas definitivamente não é. 

Faixas: Cha Cha Du Nord; Reposo; L3 Zero; My Three Notes; Glu-Glu; Iyade; Anguistado; Sad Meeting.

Músicos: Omar Sosa: piano, percussão, vibrafone; Thorsten Benkenstein: trompete, flugelhorn; Ingolf Burkhardt: trompete, flugelhorn; Claus Stötter: trompete, flugelhorn; Reiner Winterschladen: trompete, flugelhorn; Dan Gottshall: trombone; Klaus Heidenreich: trombone; Stefan Lotterman: trombone; Ingo Lahme: trombone baixo, tuba; Fiete Felsch: saxofone alto ; Peter Bolte: saxofone alto; Lutz Büchner: saxofone tenor; Björn Berger: saxofone tenor; Frank Delle: saxofone barítono; Ingmar Heller: baixo; Ernesto Simpson: bateria; Marcio Doctor: percussão; Jaques Morelenbaum: arranjos, maestro.

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte:  JEFF TAMARKIN (JazzTimes)


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