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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

QUINSIN NACHOFF´S FLUX – PATH OF TOTALITY (Whirlwind Recordings)


Em física, fluxo é o movimento e fluência de radiante energia através de uma área dada. Na mente do saxofonista Quinsin Nachoff, esta é uma banda de tamanho variado, inequivocamente qualificada, para explorar um vasto conjunto de conceitos mais novos. “Path of Totality” não restringe esta exploração—quatro das suas composições vão além de 13 minutos.

Tome-se “Bounce” como um exemplo. Trabalhando com o físico da University of Toronto, Dr. Stephen Morris, Nachoff traduziu o modelo matemático de uma bola saltando na música. Poucos percussionistas são melhores para esta empreitada que Kenny Wolleson, um pensador original que inventou sua própria “Wollesonic” com uma coleção de instrumentos—mas adiciona o cronometrista do Kneebody, Nate Wood. Nachoff e seu companheiro, o saxofonista David Binney apresentam suas próprias interseções com dribles sonoros, enquanto o pianista Matt Mitchell compõe o balanço reservado. Uma série de crescendos ao final é amparada pelo Jason Barnsley realçando o órgão do Teatro Kimball de 1924.

“Toy Piano Meditation” centraliza a partir de uma referência na abertura de Suite for Toy Piano de John Cage dentro de uma das mais majestosas jornadas de Mitchell, enlaçadas com respingos nos pratos, antes de ceder aos instrumentos de sopro e tudo a partir do carrilhão e toques dos pratos tibetanos a partir do convidado Mark Duggan. “Splatter” esquadrinha a coleção de teclados da National Music Centre do Canada (David Travers-Smith toca sozinho cinco diferentes instrumentos), inicia com um solo de cravo de Mitchell, e encerra com um caos eruptivo. “March Macabre”, um comentário da administração e totalitarismo de Trump, inicia com uma coletânea de toques de tamancos de Wollesen, manipulados juntos, e encerra com um sapateado de Orlando Hernandez, e apresenta o glorioso Nachoff com arranjo pesado para noves instrumentos de sopro tocados por sete pessoas.

Claro, nem todo este trabalho é perfeito, e você pode não alcançar o contexto sem as notas para o disco. Porém, Nachoff não cuida do seu alcance, que, ocasionalmente, supera sua compreensão. Mantém sua flexibilidade, adicionando novos caminhos para que a radiante energia possa fluir.

Faixas:

CD 1: Path of Totality; Bounce; Toy Piano Meditation.
CD 2: March Macabre; Splatter; Orbital Resonances.

Músicos: David Binney: saxofone alto, C melody saxophone; Quinsin Nachoff: saxofones tenor e soprano; Matt Mitchell: piano, Prophet 6, sintetizador modular, Novachord, harpsichord, Estey pump harmonium; Kenny Wollesen (1,3,4,6): baterias, Wollesonic percussion; Nate Wood (1,2,5,6): bateria; Jason Barnsley: 1924 Kimball Theatre Organ (2); Mark Duggan: marimba, vibrafone, glockenspiel, crotales, Tibetan singing bowls (3); Carl Maraghi: saxofone barítono, clarinete baixo (4); Dan Urness, Matt Holman: trompete (4); Ryan Keberle: trombone (4); Alan Ferber: trombone, trombone baixo(4); Orlando Hernández: tap dance (4); David Travers-Smith: Buchla 200E analog modular system, EMS Synthi 100 analog/digital hybrid synthesizer, Arp Chroma (Rhodes) analog synthesizer, clavioline, Oberheim SEM, modular Moog (5).

Fonte: BRITT ROBSON (JazzTimes)

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