
Com esta ampla banda, cujos membros trazem diferentes
perspectivas sonoras, as composições caem dentro de uma perigosa densidade,
bastante apinhada com ideias. No entanto, todas as oito faixas de “Sonkei”, embora
compartilhando a riqueza das vastas paletas dos músicos, têm uma qualidade
fascinante e animada. Parte disto vem da adoção da forma de refrão de EDM, onde
o contraste e enredo repousam nas dinâmicas do grupo; parte tem de realizar o
caminho que os músicos escolheram fazer e acentuar o balanço. Isto manifesta-se
muito fortemente em faixas como “Onkochishin”, quando as transições do piano vão
da leveza ao acompanhamento com arpejos atrás das lamentações dos instrumentos
de sopro para a condução de blocos de acordes, que fazem todos os outros
instrumentos ascenderem em energia.
Outro segredo para esta música
hipnótica é sair da zona de conforto com firme interação entre o teclado e a
bateria. As simples e circulares frases curtas nos teclados dentro do tempo da
batida quebrada da bateria ressoam com articulações encrespadas e fortes, criando
uma flutuante fundação para os distorcidos e enlaçados instrumentos de sopro
para provocar e enrolar como ondas batendo. Retrata-se ao longo do trabalho —há
mesmo algum papel divertido de inversão em “Circle of Transmigration”—mas vem
ao cume em “Cosmic Collisions”, a quinta e decisiva faixa de “Sonkei”. As
frases do piano acústico iniciam a canção e constrói ao lado do sintetizador
com cada penduricalho até eles espelharem o outro, como saxofones, flautas e
piano elétrico e rodopia sobre uma euforia caleidoscópica e psicodélica.
Faixas
1. Lullabies Of The Lost
2. Onkochishin
3. Elegy Of Entrapment
4. Art Of Altercation
5. Cosmic Collisions
6. Circle Of Transmigration
7. Fallen Angel
8. Tempestuous Temperament
Fonte: JACKSON SINNENBERG (JazzTimes)
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