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sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

DAVE HOLLAND / ZAKIR HUSSAIN /CHRIS POTTER – GOOD HOPE (Edition)


Dave Holland, Zakir Hussain, Chris Potter, Good HopeDois anos atrás, o mestre da tabla Zakir Hussain reuniu um sexteto, que ele chamou de Crosscurrents, que reuniu um indiano e músicos ocidentais para explorar o conteúdo do jazz nas partituras dos filmes de Bollywood. “Good Hope” expande este conceito fervente do grupo para um trio, e deslocando o foco de música para cinema para uma abordagem mais generalizada.

Quanto à forma que Dave Holland utilizou começou com uma ótima peça do projeto de Hussain, alguém poderia, também, colocar em ordem alfabética por ordem de apelido ou notar como o papel central do baixista é definidor para o som do trio. “Good Hope” não é raga-jazz ou fusion East-Meets-West (NT: Leste encontra Oeste, em tradução livre). É uma conversação entre sensibilidades, com o baixo de Holland agindo como ponte entre as tablas de Hussain e o tenor de Chris Potter.

“Ziandi”, a música de Potter que inicia o álbum, é um caso em questão. Inicia com Holland estabelecendo uma melodiosa linha improvisada, cujo balanço é tranquilamente reforçado pelo modelo direto de Hussain. Quando o tenor de Potter entra, o toque de Holland passa a ser contrapontístico, assim é menos como um baixo atrás do sax do que um par de improvisações entrelaçadas. Hussain segue seu líder, ecoando e desencadeando elaborações rítmicas dentro de linhas melódicas. A música definitivamente apresenta-se como jazz, porém há algo além desta identidade geral de influências de gênero, que são tão sutilmente misturadas quanto condimentadas.

Dada a qualidade dos instrumentistas, a música é, frequentemente, virtuosa, ainda que raramente de forma espalhafatosa. Na canção título, por instante, há uma plenitude de interação feroz, mas a real “boca aberta” vem quando eles estabelecem a melodia, e você observa estes acordes pop abaixo do animado tenor de Potter, que estão vindo do baixo de Holland. Similarmente, o solo de Hussain passa para o topo de “Lucky Seven”, que o encontra usando técnicas harmônicas e uso técnico especial das mãos para transformar duas tablas em bongôs, sinos de agogô e mesmo kalimba. No entanto, tudo é feito assim tranquilamente, você necessitará aumentar o volume para apreciar completamente seu gênio—e quando foi a última vez que você necessitou se curvar a um solo de bateria?

Fonte

1 Ziandi
2 J Bhai
3 Lucky Seven  
4 Suvarna          
5 Island Feeling
6 Bedouin Trail 
7 Good Hope    
8 Mazad
               
Nota: Álbum relacionado entre os 40 melhores de 2019 pelos críticos do JazzTimes

Fonte: J.D. CONSIDINE (JazzTimes)



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