Aqui um que quase escapou. Há muito de boa música publicada
agora, que pode ser sólida para manter a trilha mesmo dentro de um gênero
simples. Claro, esta é parte das razões de websites
como All About Jazz existirem: eles
ajudam com o filtro. O estelar Nasheet
Waits Equality Quartet forneceu alguns assentamentos fora do comum no Vision Festival de 2018, apresentando arranjo e material do seu álbum, que apareceu
de forma inesperada em 2016 no selo francês Laborie.
O CD prova que cada fragmento é tão bom quanto a performance ao vivo.
Waits, que incrementa as bandas de Jason Moran e Christian
McBride dentre outros, lidera uma levemente mais reflexiva, mas, similarmente,
uma unidade própria de alto nível, incluindo o saxofonista Darius Jones, o pianista
Aruán Ortiz e o baixista Mark Helias. Tendo reunido tal lista de talento, Waits
dá-lhes bastante campo no programa que entremeia três raras interpretações,
entre cinco variadas e envolventes inéditas, que relembram uma versão moderna
de free-bop.
Eles frequentemente atravessam múltiplos territórios, especialmente
em tomadas mais longas. Mesmo na abertura "Korean Bounce", o agridoce
saxofone alto de Jones carrega abstrações rigorosas emoções asfixiadas via
meditações sonhadoras, um curso que ecoou por Ortiz na aberta convulsivamente
"Story Line" de Helia, passando de uma síncope vigorosa para
rastejantes sucessões de notas. Há também campo para um inventivo pizzicato apresentado
pelo autor antes do retorno ao tema inicial. Jones desiste de uma canção triste
como a faixa título do baterista (nomeado após uma citação de um teórico social
e escritor Franz Fanon, não lembrando um clássico da Mahavishnu Orchestra), iniciando fora de uma conversação mais angular
de Ortiz.
Seus invólucros revelam o DNA da banda, da alegre "Snake
Hip Waltz" de Andrew Hill com o alto gradualmente pavoroso de Jones, as
duas versões de "Unity" de Sam Rivers via um pontilhismo inicial,
posteriormente impaciente, na tomada de "Koko" de Charlie Parker. Duas
interpretações de "Unity", a primeira, breve, é de uma firmeza
potente com acompanhamento improvisado do grupo, ornamentado por Waits, mas a
reprise extensa no fechamento, que toma a honra, lançando uma chamada uma
incrementada chamada e resposta energética entre Jones e Ortiz, que floresce
dentro de skronk, antes do único solo
de Waits no trabalho e no final crepitante.
É um pacote de dinamite, que merece um reconhecimento maior.
Faixas: Korean Bounce; Story Line; Between Nothingness And
Infinity; Snake Hip Waltz; Unity; Kush; Koko; Hesitation; Unity Bonus Track.
Músicos: Aruan Ortiz: piano; Darius Jones: saxofone alto;
Mark Helias: baixo; Nasheet Waits: bateria.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: John Sharpe (AllAboutJazz)
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