O trombonista Nick Grinder lançou apenas um álbum antes, “Ten
Minutes (2014) ”, mas o nativo da Bay
Area registrou plenamente o tempo das orquestras da Broadway e Off-Broadway e com outros artistas,
abrangendo desde o líder Darcy James Argue ao cerebral artista pop St. Vincent.
Este amplo leque de experiências o condicionou a absorver todos os aspectos de
seus entornos, não importando quão pequenos fossem os detalhes. “Farallon” é
denominado para um conjunto de ilhas próximo à casa onde Grinder passou a
infância ao norte da Califórnia. Habitada por aves e mamíferos marinhos e
inacessível para todos, exceto poucos biólogos, veio a representar para ele um
lugar ideal, que pode ser visto apenas à distância. Este não deve ser um álbum
conceitual, mas Grinder não parece olhar além dos imediatos arredores da sua
música.
O saxofonista alto Ethan Helm une-se a Grinder na linha de
frente na maior parte do álbum. A seção rítmica — apresentando Juanma Trujillo
(guitarra), Walter Stinson (baixo) e Matt Honor (bateria) —providencia suporte flexível,
permanecendo em segundo plano quando necessário ou impulsionando para frente se
a situação clama por mais interação. “5 Steps” molda o grupo em um humor free bop, com Grinder e Helm intercambiando
linhas, enquanto Trujillo pronuncia-se por trás deles. “Potential” move-se
lenta e reflexivamente, outra vez com instrumentos de sopro descarregando
longas tonalidades, quase como um grupo de câmara. Uma leitura de “Reflections”
de Thelonious Monk faz você imaginar porque esta balada não é a peça mais popular
no repertório do pianista. Grinder toca de forma acolhedora, melodia romântica de
médio alcance, adicionando sutis floreios para as frases que são poderosas o
bastante para sobressaírem. Coloque Farallon como um dos mais suaves sucessos
deste ano.
Faixas: New And Happy; Potential; 5 Steps; Inaction; Belly
Up; Deciduous; Farallon; Staged; Reflections.
Músicos: Nick Grinder: trombone; Ethan Helm: saxofone;
Juanma Trujillo: guitarra; Walter Stinson: baixo; Matt Honor: bateria.
Fonte: MIKE SHANLEY (JazzTimes)
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