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sábado, 21 de dezembro de 2019

THEON CROSS – FYAH (Gearbox Records)


As primeiras notas de “Fyah”, o álbum de estreia do tubista do Reino Unido, Theon Cross, acerta com a força metálica do início industrial do hino Nine Inch Nails. “Activate”, a faixa de abertura, se ajustaria direto com uma atuação de um DJ em alguns clubes, nos quais o movimento corrente no jazz de Londres nasceu, com o exuberante sax de Nubya Garcia tocando como um instrumento de sopro no ar, enquanto a frenética bateria de Moses Boyd causa transpiração nos muros. Para as audiências de fora de Londres, Cross é provavelmente melhor conhecido como um membro de Sons of Kemet, cujo jazz do salão de dança é impulsionado pela pulsação da tuba. “Fyah” pode refletir este som, mas, principalmente, exibe a própria exploração de Cross no papel que o seu instrumento dentro da música contemporânea pode ter.

Seu toque vai além da linha do baixo , que preenche o que tubas e sousaphones frequentemente providenciam no jazz tradicional de New Orleans—embora a música realize um empreendimento inspirado em improvisações coletivas de NoLa (NT: New Orleans) como “Panda Village”, que descende ao território de boate com intermediária ferocidade. Acompanhamentos improvisados de Cross em cinco para oito notas são mais como mantras ou cantos, sobre o que Garcia plana com selvagem pregação. O grupo aglutina melhor em “The Offerings” e “Letting Go”, cada qual vangloria-se com um solo deslumbrante de Cross, um homem com pulmões Olímpicos.

A maior parte do trabalho de Fyah é realizado com trio tradicional com Garcia e Boyd, mas Cross emprega um quinteto em um par de faixas, “Candace of Meroe” e “CIYA”. Ao final, os instrumentistas engajam-se em alguma improvisação com pontos de Soulquarians, para o qual Cross emite uma passagem, com linha lírica do baixo. É ainda outra reviravolta neste caminho; deixe ver onde ele vai.

Faixas: Activate; Offerings; Radiation; Letting Go; Candace Of Meroe; Panda Village; CIYA; LDN’s Burning.

Músicos: Theon Cross: tuba; Moses Boyd: bateria; Nubya Garcia: saxofone tenor (1-4, 6, 8); Wayne Francis: saxofone tenor (5, 7); Nathaniel Cross: trombone (5, 7); Artie Zaitz: guitarra (5, 7); Tim Doyle: percussão (5, 7).

Fonte: JACKSON SINNENBERG (JazzTimes)

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